2010
DOI: 10.1590/s1414-98932010000400011
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Debates entre pais e mães divorciados: um trabalho com grupos

Abstract: O artigo apresenta dados coletados em pesquisa participativa realizada por meio de grupos de reflexão com pais e mães separados. A investigação teve como objetivo avaliar dificuldades quanto ao exercício da parentalidade após a separação conjugal bem como a possibilidade do uso de grupos de reflexão em tais situações. Destacam-se, no artigo, vivências e queixas de pais e de mães que participaram de cada um dos dois grupos organizados no que diz respeito ao convívio com os filhos após a dissolução conjugal. Con… Show more

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“…A estrutura dos encontros seguiu a metodologia de intervenção psicossocial proposta por Costa et al 2015, que é organizada em três momentos: aquecimento, desenvolvimento e encerramento. Cada encontro grupal foi norteado por temas específicos, com base nos principais aspectos relacionados à dificuldade de diferenciação dos papéis conjugais e parentais (Brito, Cardoso, & Oliveira, 2010;Cerveny, 2006;Juras & Costa, 2011;Lamela et al, 2009), e seguiu o seguinte delineamento: 1) Integração dos participantes: Aquecimento com uma atividade de apresentação, elaboração de desenho da família, discussão sobre temas relacionados à família e a separação conjugal; 2) Conjugalidade: Aquecimento com leitura e discussão de um poema sobre laços, atividade do ritual de cremação do laço conjugal, compartilhamento de aprendizados durante o relacionamento conjugal e o encerramento desse vínculo; 3) Parentalidade: Discussão sobre os papéis que os filhos podem desempenhar após a separação, utilizando as imagens de "cola, bala e mala", ou seja, o filho com o papel de unir os pais, levar insultos ou recados de um genitor ao outro (Cerveny, 2006); 4) Comunicação: A atividade de telefone sem fio (prejudicada pelo pequeno número de participantes) foi trocada pela discussão sobre o padrão de comunicação entre o par parental; 5) Transgeracionalidade: Após aquecimento com a música "Como Nossos Pais" (Belchior, 1976), foi entregue um cartaz com os genogramas de três gerações desenhados, incluindo o ex-cônjuge e sua família (o genograma havia sido feito na entrevista de acolhimento), para proporcionar discussão a respeito do aprendizado familiar sobre parentalidade e conjugalidade; 6) Rede social de apoio: Cada participante recebeu uma cartolina com o mapa de redes (Sluzki, 1997), com os quadrantes: família, amigos, bairro/trabalho e intuições/serviços, para que fossem identificadas as pessoas que consideraram importantes em suas vidas; 7) Avaliação e encerramento: Foi realizada a avaliação de cada participante sobre mudanças individuais e sobre o processo grupal a partir da música "Tocando em Frente" (Sater & Teixeira, 1991).…”
Section: Procedimentosunclassified
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“…A estrutura dos encontros seguiu a metodologia de intervenção psicossocial proposta por Costa et al 2015, que é organizada em três momentos: aquecimento, desenvolvimento e encerramento. Cada encontro grupal foi norteado por temas específicos, com base nos principais aspectos relacionados à dificuldade de diferenciação dos papéis conjugais e parentais (Brito, Cardoso, & Oliveira, 2010;Cerveny, 2006;Juras & Costa, 2011;Lamela et al, 2009), e seguiu o seguinte delineamento: 1) Integração dos participantes: Aquecimento com uma atividade de apresentação, elaboração de desenho da família, discussão sobre temas relacionados à família e a separação conjugal; 2) Conjugalidade: Aquecimento com leitura e discussão de um poema sobre laços, atividade do ritual de cremação do laço conjugal, compartilhamento de aprendizados durante o relacionamento conjugal e o encerramento desse vínculo; 3) Parentalidade: Discussão sobre os papéis que os filhos podem desempenhar após a separação, utilizando as imagens de "cola, bala e mala", ou seja, o filho com o papel de unir os pais, levar insultos ou recados de um genitor ao outro (Cerveny, 2006); 4) Comunicação: A atividade de telefone sem fio (prejudicada pelo pequeno número de participantes) foi trocada pela discussão sobre o padrão de comunicação entre o par parental; 5) Transgeracionalidade: Após aquecimento com a música "Como Nossos Pais" (Belchior, 1976), foi entregue um cartaz com os genogramas de três gerações desenhados, incluindo o ex-cônjuge e sua família (o genograma havia sido feito na entrevista de acolhimento), para proporcionar discussão a respeito do aprendizado familiar sobre parentalidade e conjugalidade; 6) Rede social de apoio: Cada participante recebeu uma cartolina com o mapa de redes (Sluzki, 1997), com os quadrantes: família, amigos, bairro/trabalho e intuições/serviços, para que fossem identificadas as pessoas que consideraram importantes em suas vidas; 7) Avaliação e encerramento: Foi realizada a avaliação de cada participante sobre mudanças individuais e sobre o processo grupal a partir da música "Tocando em Frente" (Sater & Teixeira, 1991).…”
Section: Procedimentosunclassified
“…Ele relatou em diversas ocasiões ter conversado e contribuído com outras pessoas que estão passando pela mesma situação de separação conjugal. Ao se colocar em uma posição de ajudar outros que estão vivendo situações semelhantes, ele demonstrou um momento de maior amadurecimento em seu próprio processo, como também observado por Brito et al (2010).…”
Section: Núcleo Temático 4) Início De Mudanças Para a Diferenciação Dunclassified
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“…A literatura científica aponta, ainda, a presença de práticas parentais negativas no envolvimento parental de mães divorciadas (Grzybowski & Wagner, 2010b). Já quando a relação entre os pais separados é satisfatória, o envolvimento paterno tende a ser influenciado positivamente, especialmente nas práticas de disciplina dos filhos (Brito, Cardoso, & Oliveira, 2010;Grzybowski & Wagner, 2010b).…”
Section: Introductionunclassified
“…Outro resultado revelado pelas pesquisas é que após a separação as mães tendem a se envolver mais com os filhos do que os pais (Bossardi, 2015;Brito et al, 2010;Gomes, 2015;Grzybowski & Wagner, 2010b;John, Halliburton, & Humphrey, 2013;Newland, Coyl-Shepherd, & Paquette, 2013;Paquette & Bigras, 2010). No entanto, alguns estudos mostram que as mães divorciadas estiveram mais envolvidas com disciplina, referiram mais práticas parentais negativas (como uso de gritos, palmadas, ameaças, etc.)…”
Section: Introductionunclassified