2003
DOI: 10.1590/s1414-98932003000100006
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O abuso de medicamentos psicotrópicos na contemporaneidade

Abstract: O artigo propõe uma análise crítica do fenômeno do abuso de medicamentos psicotrópicos na atualidade. A base teórica é a psicanálise. A argumentação parte da discussão da subjetividade contemporânea, resgatando o conceito de mal-estar na civilização em Freud, para elucidar algumas das causas e dos efeitos desse fato atual.
The article propose a critical analyse about the abuse of psychotropy medicines, usuing the theory of psychoanalyses and the discussion about the subjectivite process

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“…Neste contexto, os transtornos psicológicos e o estresse ocupacional têm levado muitos profissionais à procura por psicofármacos para o alívio de seus problemas; porém, se os fatores estressantes continuam presentes na vida do indivíduo, é provável que este faça uso irracional do medicamento, podendo acarretar riscos à sua saúde (12,13).…”
Section: Introductionunclassified
“…Neste contexto, os transtornos psicológicos e o estresse ocupacional têm levado muitos profissionais à procura por psicofármacos para o alívio de seus problemas; porém, se os fatores estressantes continuam presentes na vida do indivíduo, é provável que este faça uso irracional do medicamento, podendo acarretar riscos à sua saúde (12,13).…”
Section: Introductionunclassified
“…Considerando apenas os dados efetivamente registrados em relação ao uso de psicofármacos, os percentuais aumentam de 47,9% para 77,77%, pois são 35 pessoas, num total de 45, que usam medicação. Pelegrini (2003) refere que a cura padronizada para todos os males, ressaltada por Scliar (1997), pressupõe um discurso biomédico que imputa a simples causas orgânicas as dores de existir, e neste contexto, incluem-se "doenças" até ontem consideradas não mais do que traços da personalidade, como o mau humor e o pessimismo. Denunciando a massificação dos psicotrópricos, Roudinesco (2000) enfatiza que a psicofarmacologia tornou-se o estandarte de uma espécie de imperialismo, permitindo que a biomedicina aborde da mesma maneira todo tipo de afecções.…”
Section: Introductionunclassified
“…Benzodiazepínicos têm sido indicados como os psicofármacos de maior consumo na população em geral e entre pacientes psiquiátricos, pelo menos nas últimas duas décadas (Lima, Soares & Mari, 1999;Rodrigues, Facchini & Lima, 2006;Soares, Soares, Asbahr & Bernik, 1991). A procura por soluções imediatas e as pressões por desempenho em várias de suas formas, comuns no meio acadêmico e característicos do modo de vida contemporâneo, podem ter nos fármacos ansiolíticos opção de alívio (Horta, 2003;Pelegrini, 2003). O consumo de benzodiazepínicos, de toda forma, parece capaz de discriminar, na população estudada, sujeitos que potencialmente se beneficiariam de atenção psicológica específica e não focada apenas no tema do uso de SPA.…”
Section: Discussionunclassified