Do centro à periferia: meio ambiente e cotidiano na cidade de São Paulo

Abstract

Este artigo apresenta resultados de pesquisa que aborda a percepção dos moradores sobre os problemas ambientais, a forma de resolução e os agentes envolvidos. Os problemas ambientais urbanos são pesquisados no nível domiciliar através da percepção que os moradores têm de suas qualidade e condições de vida. Para apresentar as diferenças nas percepções, nas atitudes e nas condições sócio-ambientais do município, foram escolhidas três regiões que representam os estratos de alta, média e baixa renda que residem nas regiões central, intermediária e periférica. Os resultados da pesquisa mostram que, apesar das conhecidas diferenças entre áreas centrais e periféricas, os moradores revelam uma grande dependência da ação governamental. As diferenças na ênfase dada aos problemas entre as três regiões mostram que enquanto os mais excluídos privilegiam o aspecto quantitativo -garantia do acesso ao serviço- os moradores dos bairros centrais e intermediários privilegiam uma perspectiva global do serviço -limpeza dos rios, fontes de água e reservatórios de água. Os resultados reforçam as já bem conhecidas diferenças e desigualdades entre as áreas centrais, intermediárias e periféricas da cidade, sendo que neste complexo contexto urbano, a realidade sócio-ambiental de uma grande parte da população está caracterizada pelas dimensões da exclusão, dos problemas, do risco, da falta de informação e dos canais de participação.

Vulnerability and Climate Change Perceptions: A Case Study in Brazilian Biomes

“…Jacobi (1995) suggests a relationship between precarious or nonexistent public services (such as sewage and garbage collection) and greater exposure to environmental risks. The exposure to risk of disease (such as Leptospira epidemics, typically associated to floods) is directly related to extreme weather conditions, as suggested by Confalonieri (2003).…”

Guest Editorial

“…Urban, functional, and social inequality has deepened and resulted in divided and segregated metropolises (Bonduki 2011). Urban spots that expand horizontally and form most of the outskirts of the city are built basically as a result of occupations of empty land by low-income groups, implementation of illegal subdivisions built and sold irregularly, housing for low-income population built by the public authorities, and precarious and informal settlements such as slums and many popular neighborhoods, which make up the immense urban peripheries (Jacobi 1999;Nakano 2011). The lack of sanitation infrastructure and community facilities for education, health and leisure, among others, is the common thread in most of these settlements, stigmatized by precariousness.…”

Vulnerabilidade socioambiental na metrópole paulistana: uma análise sociodemográfica das situações de sobreposição espacial de problemas e riscos sociais e ambientais

“…Para Jacobi (1995), há uma relação direta entre exposição a riscos ambientais e precariedade de acesso a serviços públicos. A própria ausência de infraestrutura urbana (água, esgoto, coleta de lixo, canalização de córregos, etc.)…”