<p>O presente artigo busca resgatar a compreensão histórica da constituição da escola moderna como forma dominante de educação, problematizando os rumos ideológicos tomados a partir do período no qual a classe burguesa se consolida como classe dominante. Para isso, se realiza uma pesquisa de cunho teórico, na perspectiva materialista histórica dialética, demonstrando como a prerrogativa da emancipação se apresenta nesse primeiro momento de constituição revolucionária e em um posterior momento de decadência ideológica. Defende-se que uma compreensão maior acerca desses processos conservadores poderia, além de ampliar a percepção do que ocorre hoje no âmbito da atual retomada conservadora, auxiliar a resgatar a potencialidade revolucionária da educação escolar, que se materializa na socialização do conhecimento socialmente acumulado. Entende-se que o conhecimento, em sua radicalidade histórica, é substancial para a formação do sujeito revolucionário – o sujeito que concentra as condições subjetivo-objetivas para a luta pela emancipação humana.</p>