. A depressão é conhecida como a quinta maior questão de saúdepública, caracterizada como uma síndrome que não incluí somentealteração de humor, mas também vários outros aspectos como alteraçõescognitivas, psicomotoras e vegetativas, e na sua forma mais grave osuicídio. Representa, portanto, uma das patologias psiquiátricas maiscomuns da atualidade. A depressão deriva da relação entre os fatorespsicológicos, ambientais, sociais e biológicos. A prescrição deantidepressivos representa o tratamento de 1ª linha em casos de depressãomoderada a grave, sendo que, nas últimas décadas, o consumo deantidepressivos aumentou significativamente em todo o mundo. Observase diversas publicações questionando o uso dessa classe de fármacos,principalmente em relação ao risco de aumentarem o comportamentosuicida do paciente ou se essa ideação é causada pela própria doença.Diante do exposto, o trabalho objetiva avaliar o potencial risco dos fármacosantidepressivos no aumento da ideação suicida nos pacientes emtratamento. Observou-se que todas as classes de antidepressivos podemestar associados, mesmo que em intensidades diferentes ao risco deideação suicida. Esse risco aumentado relaciona-se a um "efeito ativadorprecoce", como resultado da ação terapêutica dos antidepressivos, quepode proporcionar ao paciente deprimido a energia necessária paraconcretizar as ideações suicidas pré-existentes. A prescrição deantidepressivos em pacientes com depressão moderada e grave deve serconsiderada uma boa prática na prevenção do suicídio, desde queassegurada uma cuidadosa monitorização do paciente, principalmente nasprimeiras 3 a 4 semanas.Palavras-chave: depressão-suicí