“…Mais, reconhecendo que "aparatos técnicos de diagnóstico, como o microscópio, aparelhos de raio X, fárma-cos, de um modo geral, desempenham um papel fundamental na definição daquilo que é normal ou patológico" 30 (p. 138), que espaço sobra à escola para questionar também ela as suas tecnologias educativas, relacionais e comunicacionais perante a emergência apressada desses rótulos que tendem a surgir? Do mesmo modo, este estudo sugere que, em diversas situações, os profissionais de educação estão convictos de que o uso do medicamento é responsável pela variação dos comportamentos da criança, excluindo outras variáveis, como as experiências no interior da sala de aula, designadamente no nível das práticas docentes e do ambiente na escola 26,30 . Indubitavelmente, a valorização profissional em termos de remuneração, as condições de trabalho, o projeto pedagógico de cada escola, a autonomia administrativa das escolas, o tempo de permanência das crianças e dos jovens em aula, o número de alunos em sala 9 , entre tantas outros, são aspectos fundamentais que devem ser levados em conta a esse respeito.…”