“…A alimentação constitui-se de um conjunto de atividades pensadas e valoradas, que envolvem ritos e símbolos que movem a humanidade, e, assim, ganha estatuto diferencial e marca identitária exclusiva dos seres humanos. A alimentação, como campo de geração de saberes, dirige-se para a comida investida de sentidos, o que a transforma em fenômeno da ordem das humanidades, do social, do cultural, do filosófico, do político, do econômico, do psíquico, das artes, da literatura [27][28][29][30][31][32][33] Em uma perspectiva internalista, o campo implica relação dialógica entre Alimentação e Nutrição, pois, ao se voltar para a geração de conhecimentos e saberes sobre a comida como expressão da vida humana em sociedade e sobre a dieta como caminho de prevenção e tratamento das doenças, colocam-se "objetos" de investigação que demandam, necessariamente, considerar projetos de saúde, de felicidade e de vida, individuais e em sociedade. Externamente, as interações com campos institucionalmente estabelecidos são imprescindíveis, desde as Ciências da Natureza, passando pelas Ciências da Vida, até as Humanidades -todos são lugares de interlocução.…”