“…Historicamente, os serviços de saúde bucal, no Brasil, são caracterizados pela presença de uma assistência odontológica excludente e de baixa resolutividade, amparada, principalmente, por preceitos biologicistas e cirúrgico-restauradores (Nickel et al, 2008) Baseado nestes dados, pode-se inferir certa marginalização do financiamento destinado à assistência odontológica, que, aparentemente, não é exclusividade do sistema brasileiro, visto que, em outros países, situação semelhante também pode ser encontrada (Moysés, 2008;Ku, 2009 Tal aumento dos beneficiários dos planos odontológicos pode ter ocorrido em virtude da expansão real do mercado e de uma mudança no perfil profissional e da profissão odontológica (Vieira, Costa, 2008). Estes fatores podem ser decorrentes de uma baixa sustentabilidade econômica do modelo liberal da profissão, representado por consultórios particulares, impulsionando os profissionais a buscar mecanismos de permanência no mercado (Silveira, Oliveira, 2002), bem como o aumento da quantidade de profissionais, em virtude do crescimento do número de cursos de odontologia (Morita et al, 2010).…”