“…Além disso, os diagnósticos contidos nas tabelas acabam apresentando diferentes taxas de lucro. Assim, quanto mais invasivo e de mais alta tecnologia for um procedimento, mais alto seu valor na tabela e maior seu potencial de ser lucrativo, de forma que se estimulam o desperdício, o intervencionismo e os investimentos irracionais e acríticos em tecnologia, mais voltados para o aspecto mercadológico do que para a eficiência e resolubilidade dos serviços hospitalares (Andreazzi, 2003;Figueiredo, 2007) ou para os interesses da saúde pública. Um estudo citado por Carvalho (2007) apurou que o SUS paga cerca de R$ 52.000,00 por um transplante de fígado, quando seu custo é de R$ 63 16.000,00; por outro lado, paga apenas R$ 120,00 para tratamento de uma crise hipertensiva, quando seu custo é de cerca de R$ 660,00.…”