2009
DOI: 10.1590/s1413-77042009000200005
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A circulação das elites no império dos Bragança (1640-1808): algumas notas

Abstract: Este artigo pretende discutir as conexões e os equilíbrios imperiais e atlânticos da monarquia brigantina setecentista, tomando como tópicos de discussão, por um lado, algumas dimensões do vocabulário social e político e, por outro, as marcas mais salientes dos processos de circulação e estruturação das elites nesse mesmo âmbito. Entre as questões debatidas, destaca-se a da fratura identitária entre reinóis e naturais da América portuguesa no início do século XIX.

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“…Marcada por certa dose de autogoverno por parte das elites locais, mas sem desmerecer de forma alguma o pertencimento desses indivíduos à monarquia, a monarquia pluricontinental elucida, por um lado, a centralidade do ultramar para o sustento do reino e da alta aristocracia e, por outro, um pacto entre a Coroa e os poderes locais na defesa, sustento e gestão do império. Por esse motivo, a aristocracia e os diversos graus do oficialato luso, uma caraterística marcantemente portuguesa, eram impelidos a circular pelo império servindo à monarquia (Monteiro, 2009;Fragoso, 2009;Fragoso e Sampaio, 2012;Guedes, 2011;Fragoso e Gouvêa, 2014). Esse último ponto é importante porque era o caso de João da Maia da Gama, um reinol que atuou como capitão-mor da Paraíba e procurou servir como governador de Pernambuco, Rio de Janeiro ou Minas Gerais (tentativas frustradas) antes de ser nomeado governador do Estado do Maranhão e Grão-Pará.…”
Section: A Amazônia E O Impériounclassified
“…Marcada por certa dose de autogoverno por parte das elites locais, mas sem desmerecer de forma alguma o pertencimento desses indivíduos à monarquia, a monarquia pluricontinental elucida, por um lado, a centralidade do ultramar para o sustento do reino e da alta aristocracia e, por outro, um pacto entre a Coroa e os poderes locais na defesa, sustento e gestão do império. Por esse motivo, a aristocracia e os diversos graus do oficialato luso, uma caraterística marcantemente portuguesa, eram impelidos a circular pelo império servindo à monarquia (Monteiro, 2009;Fragoso, 2009;Fragoso e Sampaio, 2012;Guedes, 2011;Fragoso e Gouvêa, 2014). Esse último ponto é importante porque era o caso de João da Maia da Gama, um reinol que atuou como capitão-mor da Paraíba e procurou servir como governador de Pernambuco, Rio de Janeiro ou Minas Gerais (tentativas frustradas) antes de ser nomeado governador do Estado do Maranhão e Grão-Pará.…”
Section: A Amazônia E O Impériounclassified
“…Sabemos que entre a população imigrante forçada de escravos africanos predominavam largamente os homens, marca ainda mais acentuada entre os migrantes europeus, que eram esmagadoramente homens solteiros, jovens e naturais do Entre Douro e Minho (LIVI-BACCI, 2002;MONTEIRO, 2009). Podemos assim considerar que as taxas de masculinidade entre as populações branca e negra traduzem de forma muita direta a imigração; consequentemente, seu declínio em termos relativos ao longo do período estudado expressa não apenas a quebra da imigração, mas também, porque acompanhado de algum acréscimo de valores absolutos, o crescimento natural da população.…”
Section: Os Anos De 1776-1821: Crescimento Populacionalunclassified
“…Nuno Gonçalo Monteiro (2009), Jorge Pedreira (2001), Júnia Furtado (1999), de Lima (2008), Carla Maria Carvalho de Almeida 13 , entre outros, reconheceram ou demonstraram em seus trabalhos que o comércio foi uma das atividades a que os portugueses oriundos da Região Norte e instalados nas Minas do século XVIII se dedicaram recorrentemente. No trato mercantil, a cultura escrita era crucial para o bom desempenho das atividades servindo para comprovar, por exemplo, registro de empréstimos, recibos de pedidos de mercadorias, reconhecimento de dívidas, registro de movimentos comerciais, etc.…”
Section: IIunclassified