2005
DOI: 10.1590/s1413-77042005000200011
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Outras leituras da cidade: experiências urbanas da população de Ribeirão Preto durante a Primeira República

Abstract: Analisar a reinvenção dos novos espaços urbanos e a impressão de novos sentidos através da população de Ribeirão Preto durante a Primeira República, mostrando as contradições e as ambigüidades da modernização ribeirão-pretana durante o auge da produção cafeeira e as formas de sociabilidade e de participação da população local. Palavras-chave: Urbanização-Ribeirão Preto-População. Other readings of the city: urban experiences of the common citizens at Ribeirão Preto during the Brazilian First RepublicThis artic… Show more

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“…Desmistificavam a cidade ideal, apresentando uma outra, mais movente, que contracenava com os belos edifícios e as praças ajardinadas. 103 Paziani (2005), que aborda as experiências urbanas da população de Ribeirão Preto como um meio de ler a cidade de outra maneira, descreve na citação acima que o problema do projeto modernizador era o grupo de excluídos, o setor mais popular da cidade. Apesar dos outros agentes desejarem o progresso e a modernidade, esse grupo não acompanhava o desenvolvimento e as mudanças estruturais da mesma forma.…”
Section: Cidade Sanatorialunclassified
“…Desmistificavam a cidade ideal, apresentando uma outra, mais movente, que contracenava com os belos edifícios e as praças ajardinadas. 103 Paziani (2005), que aborda as experiências urbanas da população de Ribeirão Preto como um meio de ler a cidade de outra maneira, descreve na citação acima que o problema do projeto modernizador era o grupo de excluídos, o setor mais popular da cidade. Apesar dos outros agentes desejarem o progresso e a modernidade, esse grupo não acompanhava o desenvolvimento e as mudanças estruturais da mesma forma.…”
Section: Cidade Sanatorialunclassified
“…Este recorte localiza-se no contexto da Primeira República do Brasil e algumas das características desse tempo são marcantes, assim como suas repercussões no estado, na capital e até mesmo no interior paulista, causadas por mudanças provocadas pela economia. O Estado de São Paulo, sua capital e suas fronteiras agrícolas do interior receberam constantes ondas de imigração desde fins do século XIX, o que introduziu novos sujeitos no tecido social das cidades e no campo, propiciando acentuadas diferenças sociais, aliadas ainda aos deslocamentos resultantes da abolição da escravidão e da crescente urbanização paulistana e de outros núcleos, como Ribeirão Preto, urbanização esta relacionada também à economia cafeeira, em ascensão nesse período (CARONE, 1972;PAZIANI, 2004PAZIANI, , 2005. Assim, também se justifica a escolha pelo Estado de São Paulo e, mais especificamente, pelo município de Ribeirão Preto.…”
Section: Introductionunclassified
“…Ribeirão Preto, onde se localizava o asilo, mas ainda assim esse grupo não representa nem a metade dos registros, que são muito variados: a maioria das cidades eram paulistas e várias delas muito próximas a Ribeirão Preto, como Altinópolis, Cravinhos, Franca, Jaboticabal e Sertãozinho, sendo essa última cidade natal de sete das meninas.A hipótese para a grande variedade de cidades de origem das meninas são os movimentos de migração e imigração, vez que, como já discutido anteriormente, o município de Ribeirão Preto era destaque na cultura cafeeira e atraiu grande número de pessoas no início do século XX(PAZIANI 2004;2005). A imigração foi essencial para o desenvolvimento da economia cafeeira, principalmente para a substituição da mão de obra escrava nas lavouras, sendo que Ribeirão Preto recebia imigrantes principalmente italianos, portugueses, espanhóis e austríacos que, devido a inúmeras dificuldades de colocação social, compunham em parte o grupo de excluídos locais ribeirão-pretanos(SILVA et al, 2010).…”
unclassified
“…Nos levantamentos do número de escravos realizados em 1874 e 1881, Campinas assumia a liderança entre todos os outros municípios. Apesar disso, foram exatamente os cafeicultores da Central aqueles que concluíram ser necessária a vinda de estrangeiros para substituir a mão-de-obra escrava, os quais representavam, em 1920, 13% de sua população total (Love, 1982 (Camargo, 1952, p.88 (Paziani, 2005). Em 1913, havia na cidade seis jornais e mais de dezessete clubes e sociedades com fins variados (Love, 1982, p.120 A importação de mão-de-obra -européia, numa fase inicial e japonesa a partir de 1908 -foi custeada pelo governo da Província de São Paulo a partir de 1885 (Kowarick, 1994, p.83 (Fausto, 2007, p.275 A cidade que vivia simultaneamente vários tempos, portanto, crescia fisicamente, ocupando cada vez mais espaços antes agrários e se tornando, conseqüentemente, um grande centro urbano e moderno (Glezer, 2007, p.183 (Saes, 2004, p.217;Segawa, 2004, p.344-345;Souza, M., 2004, p.526).…”
unclassified