“…Na fala, aparece claramente a falta de diálogo familiar acerca da sexualidade, dado comum nos estudos encontrados sobre a temática, nos quais essa atitude é apresentada como uma postura protetiva (McKenzie, 2013) e infantilizadora, negando a sexualidade desses sujeitos, a partir da restrição de informações (Bastos & Deslandes, 2012;Littig et al, 2012 O relato de Miguel apresenta um exemplo de discriminação com relação à deficiência e à implicação disso na vivência afetivossexual do participante, trata-se de uma forma de legitimação do corpo com deficiência (Jones, Duarte, Astorga, Pardo, & Sepúlveda, 2015), baseada em crenças, mitos, tabus e padrões sociais (Maia, 2011), estigmatizando-o e associando-lhe estereótipos, impedindo o desenvolvimento sexual saudável e gratificante (Damas, Pérez, Reyes & López, 2015). A discriminação também aparece em outros tipos de estudos sobre sexualidade das pessoas com deficiência, associada ao corpo (Agmon, Sa'ar, & Araten-Bergman, 2016), por exemplo.…”