Crianças e adolescentes abrigados normalmente experimentaram muitas formas de exclusão em suas vidas: o abandono, a violência doméstica, a privação econ™mica, social, cultural e política. Este estudo investigou a perspectiva de futuro entre crianças e adolescentes abrigados após sua vivência em situação de rua. A pesquisa foi realizada com 14 participantes, moradores de três abrigos públicos do município de Vila Velha-ES. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada e submetidos à análise de conteúdo conforme propõe Bardin. Verificou-se nos relatos dos participantes a presença de temas como: a experiência da ruptura familiar, a intenção de regresso à família de origem, a crença na possibilidade de transformação de sua realidade por meio do estudo e do trabalho. É oportuno discutirmos a implementação de políticas públicas para essa população no sentido da oferta de atenção integral com vistas a favorecer a sua inclusão na sociedade.
RESUMO:Adolescência é a fase transitória entre infância e idade adulta, momento importante do desenvolvimento humano, marcado por mudanças físicas, psicológicas e sociais relativas ao início da sexualidade. Este momento geralmente é conturbado e o poderá ser ainda mais para adolescentes com deficiência intelectual (DI) por confrontar com preconceitos e mistificações estabelecidas há tempos. A maneira infantilizante e discriminatória de serem tratados pela família e sociedade influenciam as percepções das mães de filhos com DI. Assim, objetivando investigar as concepções que mães de jovens com DI têm sobre a sexualidade deles e como elas irão refletir na adoção de práticas de educação sexual, foram entrevistadas 20 mães de adolescentes entre 12 a 18 anos, de ambos os sexos, com diagnóstico de DI, atendidos numa clínica escola localizada no estado do Espírito Santo. Analisando as entrevistas, percebeu-se em 12 respostas, a ideia de ausência de sexualidade na pessoa com DI, trazendo uma postura infantilizadora e superprotetora dessas mães em relação aos filhos, considerando-os com pouca possibilidade de desenvolver interesses e comportamentos sexuais. Quanto às concepções das mães nas manifestações sexuais de seus filhos, 15 delas revelaram entender que a sexualidade deles é diferente da de pessoas sem deficiência intelectual. Percebeu-se que 12 das 20 mães nunca orientaram seus filhos sexualmente, alegando que não compreenderiam. Em geral, as mães não reconhecem uma identidade sexual em seus filhos e, por conseguinte, não fornecem uma educação sexual, reproduzindo a concepção social e cultural que nega a existência da sexualidade quando associada à DI. PALAVRAS-CHAVE:Educação Especial. Deficiência Intelectual. Sexualidade. Educação Sexual. ABSTRACT:Adolescence is the transitional phase between childhood and adulthood, an important moment of human development, marked by physical, psychological and social changes at the beginning of sexuality. This moment is often troubled and may be even more so for teenagers with intellectual disability (ID) by confronting preconceptions and mystification established long ago. The infantilizing and discriminatory way they may be treated by family and society influence the perceptions of mothers of children with ID. Thus, to investigate the
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