Avaliação do impacto do efluente da estação de tratamento de esgoto ETE-Pirajá sobre o Rio Parnaíba, Teresina (PI)

Abstract

RESUMO A utilização dos recursos hídricos para fins de transporte ou diluição de efluentes exige o conhecimento adequado dos processos para assegurar a qualidade da água do corpo receptor. Este trabalho teve como objetivo avaliar o impacto do lançamento do efluente da Estação de Tratamento de Esgoto Pirajá (ETE-Pirajá) sobre a qualidade da água do Rio Parnaíba. Foram realizadas coletas de campo e análises laboratoriais por um período de 12 meses no sistema de tratamento por lagoas de estabilização e nos pontos a montante e a jusante do lançamento do efluente. A eficiência do tratamento de esgoto apresentou valores típicos para o sistema de lagoas de estabilização e atendeu aos requisitos de qualidade para a descarga de efluentes. A capacidade de diluição do Rio Parnaíba se mostrou compatível para as cargas poluidoras do efluente da ETE-Pirajá. O índice de qualidade da água (IQA) variou de bom a regular no trecho estudado, sendo a poluição difusa o principal aspecto na degradação da qualidade do Rio Parnaíba, demonstrando a redução ao longo da área urbana. A Escherichia coli apresentou valores em desacordo com os requisitos de qualidade na maior parte do período monitorado, mesmo a montante do ponto de lançamento.

Influência geológica e antrópica na qualidade da água de um córrego no Pantanal Norte, Brasil

“…Valores semelhantes e também abaixo do que preconiza a legislação ao da maioria dos pontos deste estudo foram encontrados por Sampaio et al (2018) em que os autores relacionaram as médias de valores de oxigênio dissolvido com o lançamento de efluentes residenciais no rio dos Bugres em São Paulo que lixiviam nutrientes para os corpos d´água e terminam por contribuir com o crescimento de macrófitas aquáticas, efeito também observado na foz do córrego Jacobina. Marçal et al (2017) associaram as médias de OD (6 mg/L) obtidas em estudo no rio Parnaíba como impacto da estação de tratamento de efluentes e atribuíram as oscilações das concentrações de oxigênio na água ao material lançado nos corpos d'água, ratificando a ideia de que a entrada de material orgânico no ponto 3 do córrego Jacobina promove a queda de OD na água. Com relação à concentração de nutrientes na água, destaca-se que o controle do PT nos ambientes aquáticos está relacionado ao seu ciclo natural que tem sua entrada no ecossistema através da decomposição de plantas e animais e que quando atinge a coluna d'água pode provocar, dependendo de alguns fatores, processos como a eutrofização, alterando a qualidade hídrica (PANTANO et al, 2016).…”

Influence of land use and occupation on the water quality of a microbasin in the southwestern Amazon

“…The main sources of effluents identified in the microbasin were associated with food processing (two sources), meat packing (five sources) and treated domestic sewage (two sources, one from a housing complex and the other from a penitentiary). All these sources released effluents rich in organic matter (Cardoso, 2015;Marçal & Silva, 2017;Lunelli, 2019), which when not treated adequately pose risks to water quality. Barbosa (2012), in analyzing the water quality of the Pirarara River in the municipality of Cacoal, Rondônia, observe that the impairment of water quality was mainly due to release of domestic and industrial wastes, by identifying contaminants typical of these types of effluents at the most degraded points.…”

Identificação dos impactos socioambientais decorrentes da implantação da estação de tratamento de esgoto no Semiárido Paraibano

“…Tendo em vista os diversos usos dos corpos hídricos, o lançamento e a diluição de efluentes requerem alerta e assistência adequados por parte dos órgãos gestores, a partir da supervisão dos efluentes e do impacto na qualidade da água no corpo receptor. Deve-se impedir a propagação de cargas poluidoras que extrapole a sua capacidade de autodepuração, uma vez que o volume de diluição de um corpo receptor precisa atender aos requisitos iniciais da qualidade e a alteração do regime hidrológico (Marçal & Silva, 2017).…”