Uso de automóveis e qualidade de vida urbana: desafios para a psicologia

Neto, Ingrid Luiza; Feitosa, Zuleide de Oliveira; Cristo, Fabio Henrique Vieira de; Cantal, Clara; Günther, Hartmut

doi:10.1590/s1413-294x2013000400009

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“…Um deles é a estratégia de mudança centrada no contexto, que neste caso significaria mudar a estrutura da cidade, priorizando os transportes coletivos e ativos no espaço urbano, incentivando assim o seu uso. A segunda é baseada na informação, visando a mudança de percepção, de motivação, a criação de modelos representativos, além de facilitar o conhecimento sobre o tema da mobilidade e da sustentabilidade para a população (Neto, Feitosa, Cristo, Cantal, & Günther, 2013).…”

Section: Considerações Finaisunclassified

Relações Pessoa-Cidade: Mobilidade Urbana e Qualidade de Vida em Porto Alegre (RS)

Parenza

Câmara

2022

Psicol. cienc. prof.

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Resumo A estrutura e o planejamento dos espaços urbanos influenciam a relação pessoa-cidade, na qual a mobilidade urbana representa um importante fator, que impacta diretamente a qualidade de vida dos habitantes, pois implica acesso aos bens e serviços da cidade. Este estudo transversal buscou avaliar os preditores de percepção de qualidade de vida em três grupos de usuários, de acordo com seu modal de transporte prioritário (G1 - veículo particular/aplicativo de carros, G2 - transporte público coletivo e G3 - bicicleta/caminhada). Os participantes foram 417 moradores da cidade de Porto Alegre (RS), com idade entre 18 e 60 anos, pedestres ou que se utilizem de equipamentos de transporte urbano em sua rotina semanal. Os instrumentos contemplaram os blocos: dados sociodemográficos; percepção de qualidade de vida; meios de transporte e avaliação objetiva e afetiva da cidade. A análise de dados foi realizada utilizando-se regressão linear múltipla. Como resultados, foram obtidos três modelos, um para cada grupo. Todos apresentaram, como preditores de percepção de qualidade de vida, motivos para o uso do transporte prioritário e avaliação objetiva da cidade. Os preditores diferentes entre os grupos foram a idade mais elevada (G1); o fato de ter nascido na cidade e uma avaliação afetiva positiva da cidade (G2); e a experiência de relacionamento social devido ao meio de transporte (G3). O estudo contribuiu para um melhor entendimento dos fatores relacionados à mobilidade urbana que influenciam a percepção de qualidade de vida em centros urbanos.

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Section: Considerações Finaisunclassified

Relações Pessoa-Cidade: Mobilidade Urbana e Qualidade de Vida em Porto Alegre (RS)

Parenza

Câmara

2022

Psicol. cienc. prof.

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“…Por exemplo, estudos sugerem que o automóvel faz parte do padrão de comportamento de viagem de parcela dos brasileiros, aproximadamente 24% da população (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [IPEA], 2011). Por outro lado, apesar dos benefícios trazidos com o seu advento, o automóvel tem sido considerado uma ameaça à qualidade de vida urbana por vários motivos, dentre eles, a poluição atmosférica, a poluição sonora e os acidentes de trânsito (Neto, Feitosa, Cristo, Cantal, & Günther, 2013). Constitui-se, portanto, em um desafio para a psicologia, dentre outras áreas do conhecimento, desenvolver estratégias que tornem seu uso mais eficiente, reduzindo os congestionamentos, estimulando as pessoas a adotarem o transporte coletivo e/ou as alternativas menos poluentes como a bicicleta (Steg & Vlek, 2009 Steg & Vlek, 2009).…”

Section: O Que Podemos Fazer? a Redução No Uso Do Automóvel Como Exemunclassified

Hábito: Por que Devemos Estudá-lo e o que Podemos Fazer?

Cristo

Günther

2015

Psico

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RESUMONeste artigo, o hábito é apresentado como um conceito útil para tornar duradouros os comportamentos em prol do meio ambiente (e.g., usar transporte público). O hábito é um comportamento aprendido que, após ser repetido várias vezes, tornou-se automático, isto é, com pouca ou nenhuma deliberação do indivíduo. Alivia o esforço cognitivo do indivíduo de ponderar sempre os prós e contras das mais diversas situações. São comportamentos estáveis e difíceis de romper. Esta revisão aborda a formação e a manutenção do hábito, assim como são apresentadas quatro medidas psicológicas existentes. Ao final, discutem-se possíveis intervenções, utilizando-se o transporte como exemplo. As intervenções visam a incentivar a construção de novos hábitos que protegem o meio ambiente e a minimizar a força de hábitos antigos indesejados. Neste cenário, o hábito ganha relevância e pode ser mais uma ferramenta para enfrentar os desafios relativos à promoção de comportamentos ambientais relevantes. ABSTRACT Habit: Why Should We Study It and what Can We Do?In this article, the habit is introduced as a useful concept to make lasting pro-environmental behaviors (e.g., performing selective garbage collection, saving water and using public transportation). Habit is a learned behavior which, after being repeated several times, has become automatic, i.e., with little or no deliberation by an individual. It relieves the cognitive effort of an individual to always weigh the pros and cons of different situations. They are stable and hard-to-break behaviors. This review addresses the formation and maintenance of the habit, as well as presents four existing psychological measures. Finally, possible interventions are discussed, using transportation as an example. Interventions aim to encourage the formation of new habits that protect the environment and minimize the force of old unwanted habits. In this scenario, the habit gains relevance and can be one more tool to address the challenges related to the promotion of relevant environmentally-friendly behaviors.Keywords: Habit; Automatism; Pro-environmental behavior; Travel behavior; Psychological measure. RESUMEN Hábito: ¿Por qué Estudiarlo y lo que Podemos Hacer?En este artículo, el hábito se presenta como un concepto útil para realizar comportamientos proambientales duraderos (e.g., llevar a cabo la recogida selectiva, ahorrar agua y utilizar el transporte público). El hábito es un comportamiento aprendido que , después de ser repetida varias veces, se ha convertido en automático, i.e, con poca o ninguna deliberación por el individuo. Alivia el esfuerzo cognitivo de la persona que sopesar siempre los pros y los contras de las diferentes situaciones. Los comportamientos son estables y difíciles de romper. Esta revisión se refiere a la formación y mantenimiento del hábito, así como se presentan cuatro medidas psicológicas existentes. Finalmente, se discuten las posibles intervenciones , usando el transporte como un ejemplo. Las intervenciones dirigidas a fomentar la construcción de nuevos hábito...

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“…Nesse caso, a visão de integração de transportes tem ocorrido muito lentamente nos países em desenvolvimento, provavelmente em função das políticas públicas reforçadoras do uso do transporte particular, que também favorecem o hábito de usar automóvel (Feitosa, 2017). No Brasil, por exemplo, tem-se, de um lado, os usuários de transporte coletivo, que tendem a considerar o transporte público como escasso e pouco pontual (Cristo, 2013) e, de outro lado, os usuários do automóvel, que percebem o carro como um meio de transporte eficiente (Neto et al, 2013;Neto, 2014;Feitosa et al, 2014). Soma-se a este panorama o alto custo do transporte urbano e de carga no Brasil (Confederação Nacional de Transporte [CNT], 2017; Agência Nacional das Empresas de Transporte Urbano [NUT], 2019) Segue-se com a revisão da literatura, por meio da qual se identificaram estratégias que favoreçam a implementação da mobilidade sustentável, e da Mobilidade como um Serviço.…”

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Mobilidade como um Serviço: Indicações de Estratégias Interventivas no Hábito de Usar Automóvel Baseadas na Revisão da Literatura

et al. 2023

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A mobilidade integrada poderia ser prejudicada pelo hábito de usar o automóvel? Essa é uma questão central para a mobilidade que precisa ser discutida. Nessa perspectiva, objetivou-se, por meio da revisão da literatura, identificar as estratégias que favoreçam a implementação da mobilidade sustentável, a fim de apontar uma agenda de pesquisa baseada na literatura. Assim, iniciou-se com a conceituação acerca da Mobilidade como um Serviço (MaaS). Aborda-se a viabilidade da mobilidade alternativa, considerando-se o hábito de usar o automóvel, visto que a literatura aponta essa variável como uma barreira para a promoção da Mobilidade complementar. Segue-se com a discussão sobre os comportamentos habituais de se usar o automóvel e como eles podem ser modificados. Como um resultado, sugerem-se várias estratégias para a promoção da quebra do hábito de usar automóvel de modo que se favoreça a mobilidade complementar. Por último, a partir das diretrizes indicadas para promoção da Mobilidade como Serviço, sugere-se uma agenda de pesquisa futura para dar suporte à área de conhecimento.

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Uso de automóveis e qualidade de vida urbana: desafios para a psicologia

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Relações Pessoa-Cidade: Mobilidade Urbana e Qualidade de Vida em Porto Alegre (RS)

Relações Pessoa-Cidade: Mobilidade Urbana e Qualidade de Vida em Porto Alegre (RS)

Hábito: Por que Devemos Estudá-lo e o que Podemos Fazer?

Mobilidade como um Serviço: Indicações de Estratégias Interventivas no Hábito de Usar Automóvel Baseadas na Revisão da Literatura

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