2018
DOI: 10.1590/s1413-24782018230022
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A lesbianidade como arte da produção de si e suas interfaces no currículo

Abstract: RESUMO Com base em relatos autobiográficos de um grupo de sete mulheres professoras da educação básica que em algum momento assumiram-se lésbicas, discute-se, valendo-se de discursos de gênero, como elas produzem a docência e o currículo. Como referências, utiliza-se a noção de experiência de Walter Benjamin, Giorgio Agamben e Jorge Larrosa, que inspirou a coleta e a análise das narrativas. Aliam-se a esses estudos as contribuições de Michel Foucault acerca da sexualidade e do cuidado de si e a crítica de Judi… Show more

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“…Dentre esses quinze trabalhos identificados na busca apenas com os termos gênero e currículo, sem a articulação com formação, apresentamos os principais aspectos e resultados que podem contribuir para a compreensão do modo como as pesquisas sobre gênero e sexualidade abordam a formação docente. Quanto aos objetos de pesquisa, 06 se dirigem a currículos escolares (Delgado, 1998;Carvalho, 2004;Dinis, 2011;Reis & Paraíso, 2014;Caldeira & Paraíso 2016;Maciel & Garcia, 2018) e 03 a currículos 'culturais' para além dos escolares, como mídia, publicidade e filmes (Sabat, 2001;Vasconcelos, Cardoso, & Félix, 2008;Cardoso, L. R., 2016). 02 artigos articulam currículo e rede social (Sales & Paraíso, 2011, 2013, 02 tratam da educação superior em cursos de graduação que não eram licenciaturas (Ubach, 2008;Fiúza, Pinto, & Costa, 2016) e os outros 02, das políticas públicas educacionais (Vianna, 2012(Vianna, , 2015.…”
Section: Gênero Sexualidade E Formação Docente Nos Periódicosunclassified
“…Dentre esses quinze trabalhos identificados na busca apenas com os termos gênero e currículo, sem a articulação com formação, apresentamos os principais aspectos e resultados que podem contribuir para a compreensão do modo como as pesquisas sobre gênero e sexualidade abordam a formação docente. Quanto aos objetos de pesquisa, 06 se dirigem a currículos escolares (Delgado, 1998;Carvalho, 2004;Dinis, 2011;Reis & Paraíso, 2014;Caldeira & Paraíso 2016;Maciel & Garcia, 2018) e 03 a currículos 'culturais' para além dos escolares, como mídia, publicidade e filmes (Sabat, 2001;Vasconcelos, Cardoso, & Félix, 2008;Cardoso, L. R., 2016). 02 artigos articulam currículo e rede social (Sales & Paraíso, 2011, 2013, 02 tratam da educação superior em cursos de graduação que não eram licenciaturas (Ubach, 2008;Fiúza, Pinto, & Costa, 2016) e os outros 02, das políticas públicas educacionais (Vianna, 2012(Vianna, , 2015.…”
Section: Gênero Sexualidade E Formação Docente Nos Periódicosunclassified
“…De outro, porém, tem resultado em movimentos de resistência com a ressignificação positiva desta mesma identidade, conforme ilustrado, pela referida autora, no contexto do acesso ao ensino superior e das oportunidades ali desenvolvidas.Em termos das dimensões focalizadas nas experiências curriculares, uma delas refere-se às formas pelas quais as identidades coletivas plurais são trazidas, seja por meio de suas narrativas e estratégias de resiliência e empoderamento, e/ou pela articulação dessa dimensão à própria produção de conhecimento em áreas educacionais e pedagógicas (incluindo temas e estratégias de aprendizagem a serem desenvolvidas).Lopes, Oliveira & Oliveira (2018), por exemplo, enfatizam que as questões relacionadas às diferenças estão na escola, assim como permeiam as próprias estruturas das políticas curriculares e dos discursos pedagógicos, disciplinares, midiáticos, políticos, sociais, religiosos e familiares, sendo o currículo espaço privilegiado de construção, de reprodução ou de tensionamento, resistência e deslocamento de modelos dominantes que silenciam identidades e perpetuam desigualdades. Ainda nesta dimensão,Maciel & Garcia (2018), desenvolveram pesquisa a partir de histórias orais de professoras lésbicas, analisando como o meio discursivo/cultural dos discursos da lesbianidadenos quais a estabilidade da estrutura binária do sexo é subvertida, as categorias das identidades são abertas e a política da identidade sexual é compreendida como produção política e cultural possibilita o protagonismo de experiências e pedagogias próprias dessas professoras, com implicações curriculares.Ao mesmo tempo, as experiências curriculares que se desenvolvem a partir de temáticas multiculturalmente orientadas, focalizadas sobre histórias de vida e perspectivas de identidades culturais marginalizadas, tais como identidades étnicoraciais, podem ser imbricadas com o que temos denominado de temáticas mais convencionais ligadas a áreas curriculares escolares e pedagógicas, na formação docente(Ivenicki, 2018). Isto porque, para além do foco sobre identidades, ilustrado anteriormente, a questão do conhecimento é outro aspecto relevante na área curricular.…”
unclassified
“…Os três trabalhos restantes tratam das relações entre as relações estabelecidas no cotidiano escolar, o currículo e os processos de subjetivação (FORTES, 2013;MACIEL, 2014;MACIEL, GARCIA, 2018) e se distinguem dos demais em virtude de sua opção por trabalhar especificamente a população lésbica, o que faz recordar que talvez o resultado mais surpreendente desta sistematização tenha sido a quase ausência de estudos cujo foco fosse, de fato, a população lésbica: apenas seis dos trinta e nove reunidos.…”
Section: Aprender a Dançar Nas Teias Dos Saberesunclassified
“…Entre os resultados que abordam especificamente a identidade lésbica, três analisam as trajetórias de profissionais da educação e outros três têm como foco as vivências de estudantes, todos centrados na educação formal, mais precisamente no ciclo básico. Cumpre destacar a dissertação de Ana Carolina Fortes (2013), que abordou, também, a educação não escolar e, junto com a tese de Patrícia Maciel (2014) e o artigo produzido a partir dela (MACIEL, GARCIA, 2018), integrou o eixo de Processos educacionais e instâncias formativas.…”
Section: Aprender a Dançar Nas Teias Dos Saberesunclassified