2013
DOI: 10.1590/s1413-24782013000300011
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Educação da classe trabalhadora brasileira: expressão do desenvolvimento desigual e combinado

Abstract: IntRodUção: notas sobRE o capItalImpERIalIsmo E o dEsEnvolvImEnto dEsIgUal E combInado na atUalIdadE bRasIlEIRa A título introdutório, apresentamos um conjunto de reflexões sobre facetas da totalidade da qual faz parte o Brasil atual, ainda guardião de valores históricos da nossa forma particular de dominação burguesa e da mentalidade de longa duração herdada do período colonial e escravista, que, em simultâneo, busca firmar sua integração subalterna no atual cenário internacional.

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“…O desenvolvimento histórico do Ensino Médio brasileiro demonstra a sua relação com as demandas apresentadas pela sociedade capitalista que, por sua vez, estão inter-relacionadas com o movimento macroeconômico nacional e internacional que no Brasil, manifesta-se, desde sempre, pelas relações de dependência e a combinação de interesses da burguesia interna e externa (FERNANDES, 2009). Nesse último período, quando presenciado o avanço do empresariado nas políticas públicas para o Ensino Médio, presencia-se que tais políticas buscam capacitar a juventude para adaptação à empregabilidade, denominando tal postura por "democratização do acesso" (Rummert;Algebaile;Ventura, 2013, p. 723) Associando-se o paradigma econômicodefinido pela posição do Brasil na condição de integração subalterna no capital-imperialismo, à demanda social, em parte gerada pela difusão midiática das teses do capital humano, é criada uma miríade de ofertas de elevação de escolaridade/formação profissional/certificação. A multiplicidade, desordenada, flácida e de difícil acompanhamento e controle, mergulha a totalidade social na fantasia de que a efetiva democracia chegou à educação escolar, como se fosse factível construí-la pelo alto e tão somente no âmbito educacional (RUMMERT; ALGEBAILE; VENTURA 2013, p.724).…”
Section: Ensino Médio De Jovens E Adultos: Perspectiva Histórica E Trunclassified
“…O desenvolvimento histórico do Ensino Médio brasileiro demonstra a sua relação com as demandas apresentadas pela sociedade capitalista que, por sua vez, estão inter-relacionadas com o movimento macroeconômico nacional e internacional que no Brasil, manifesta-se, desde sempre, pelas relações de dependência e a combinação de interesses da burguesia interna e externa (FERNANDES, 2009). Nesse último período, quando presenciado o avanço do empresariado nas políticas públicas para o Ensino Médio, presencia-se que tais políticas buscam capacitar a juventude para adaptação à empregabilidade, denominando tal postura por "democratização do acesso" (Rummert;Algebaile;Ventura, 2013, p. 723) Associando-se o paradigma econômicodefinido pela posição do Brasil na condição de integração subalterna no capital-imperialismo, à demanda social, em parte gerada pela difusão midiática das teses do capital humano, é criada uma miríade de ofertas de elevação de escolaridade/formação profissional/certificação. A multiplicidade, desordenada, flácida e de difícil acompanhamento e controle, mergulha a totalidade social na fantasia de que a efetiva democracia chegou à educação escolar, como se fosse factível construí-la pelo alto e tão somente no âmbito educacional (RUMMERT; ALGEBAILE; VENTURA 2013, p.724).…”
Section: Ensino Médio De Jovens E Adultos: Perspectiva Histórica E Trunclassified
“…No ano de 2008, a matrícula atingiu o número de 5.620 e, portanto, no governo "A" ocorreu o maior pico de matrícula no período analisado (2009)(2010)(2011)(2012)(2013)(2014)(2015)(2016)(2017)(2018). Posteriormente, observou-se uma diminuição da taxa de matrícula.…”
Section: Quadro 3 -Quantitativo De Matrículas Na Eja Fundamental Presunclassified
“…Fontes: Elaborado pela autora com base em <http://matricula.educacenso.inep.gov. -br> (2009-2015) e <https://inepdata.inep.gov.br/analytics/saw.dll?dashboard> (2016)(2017)(2018) Observando o Quadro 4, constata-se que decréscimo nas matrículas comparando 2010 e 2016 (11.634 -8258 = 3.376) que corresponde -29%. Se estabelecermos como comparação 2010 e 2015 (11.634 -7665 = 3.969), tem-se um decréscimo de matrícula de 34,11%.…”
Section: Quadro 3 -Quantitativo De Matrículas Na Eja Fundamental Presunclassified
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“…Esse aspecto vem no sentido de dissociar a Educação Básica da Educação Profissional. Desse jeito, "[...] se verifica a democratização de acesso a todos os níveis de certificação, mantendo--se a diferença qualitativa entre os percursos da classe trabalhadora e os das classes dominantes [...]" (RUMMERT;ALGEBAILE;VENTURA, 2013, p. 723). Assim, o que se tem é um abismo entre os níveis de certificação da classe trabalhadora e da classe dominante.…”
Section: Estratégiaunclassified