INTRODUÇÃOO termo pigmento é usado para designar um material colorido, finamente dividido e que está suspenso em partículas discretas no veículo no qual ele é usado para pintar. O objetivo de se usar um pigmento, além de colorir, é de dar consistência e facilitar a secagem da pintura. Os pigmentos são compostos de uma ampla variedade de substâncias, orgânicas e inorgânicas, naturais e artificiais, podendo ser classificados de acordo com a cor, a composição química ou a origem [1][2][3].Os pigmentos chamados de naturais são aqueles de origem mineral, vegetal ou animal. Estes são os mais antigos pigmentos conhecidos pelo homem, e incluem os de maior estabilidade e utilidade, como o ocre, que é um pigmento que consiste em sílica e argila, e sua cor varia em função do teor de óxido de ferro, da forma anidra à hidratada. Alguns deles apresentam alta qualidade, como a azurita, que é um composto de carbonato de cobre, encontrado na parte superficial de depósitos minerais de cobre oxidado [3]. Já os pigmentos conhecidos como minerais são aqueles derivados de minerais naturais do solo e podem incluir misturas complexas e agregados, como terras e argilas. Como exemplo de pigmentos minerais pode-se citar os derivados do ouro-pigmento (ou orpiment, um sulfeto de arsênio amarelo) e o lápis-lazuli, que é obtido do mineral lápis-lazuli, uma pedra semi-preciosa. Os pigmentos minerais naturais são muitas vezes caracterizados por sua aspereza e largas distribuições de tamanhos de partículas, e também, pela presença de impurezas. Estas podem conferir certas qualidades desejáveis de textura, devido a diferenças na granulometria, e de tonalidade nas superfícies pintadas, se provenientes de locais diferentes, não alcançáveis com os pigmentos artificiais.Como os pigmentos compreendem uma ampla variedade de compostos químicos, eles diferem muito nas suas