2010
DOI: 10.1590/s0104-93132010000100012
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O real imaginado: etnografia, cinema e surrealismo em Jean Rouch

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“…Há duas estratégias de abordagem desenvolvidas por Jean Rouch que devem ser destacadas para um entendimento visual deste documentário. Uma delas, apontada por Marco Antonio Gonçalves (2008) é desenvolvida em Moi, un noir 10 (Eu, um Negro) de 1959, na qual Rouch dialoga e negocia a narrativa sonora das imagens com seus "atores"; Damouré Zika narra sua história como Eddie Constantine assistindo os filmes que Rouch fizera dele em uma ocasião anterior, mas narra sua história ao ser preso como tal personagem. Assim os atores são convidados a organizar suas imagens através de uma segunda narrativa criada no ato de assistir as imagens de si mesmo.…”
Section: Da Materialidade Do Cinema E Do Audiovisualunclassified
“…Há duas estratégias de abordagem desenvolvidas por Jean Rouch que devem ser destacadas para um entendimento visual deste documentário. Uma delas, apontada por Marco Antonio Gonçalves (2008) é desenvolvida em Moi, un noir 10 (Eu, um Negro) de 1959, na qual Rouch dialoga e negocia a narrativa sonora das imagens com seus "atores"; Damouré Zika narra sua história como Eddie Constantine assistindo os filmes que Rouch fizera dele em uma ocasião anterior, mas narra sua história ao ser preso como tal personagem. Assim os atores são convidados a organizar suas imagens através de uma segunda narrativa criada no ato de assistir as imagens de si mesmo.…”
Section: Da Materialidade Do Cinema E Do Audiovisualunclassified
“…Neste deslize a performance remete a outra performance, não (re)encenando uma realidade outra, exterior a ela, mas produzindo a realidade em performance. Esta produção de relações ecoa com algo do efeito de "desrealizar" o real que Gonçalves (2008) identifica no cinema de Jean Rouch. Retomando a leitura de Benjamin (1996) sobre o caráter cínico da representação fílmica do mundo, Gonçalves aponta que a "imagem se remete a outra imagem, não tem sentido intrínseco, portanto no cinema não há possibilidade de objetificação da imagem, pois a cadeia significante não para, desobjetificando a imagem o cinema desrealiza o real que se apresenta no cinema como se fosse uma imagem do real" (2008, p. 141, ênfase nossa).…”
Section: * * *unclassified
“…A relação entre o olho e a mão passa pelo corpo pensante, pelas conexões, sinapses, feitas pelo corpo/cérebro, e não pela máquina fotográfica, que registra quando o dedo dispara o botão. Se o corpo-câmera em movimento é um corpo em transe (Rouch, apudGonçalves, 2008; ver também Grimshaw & Ravetz, 2015), a mão que desenha recria a realidade que imagina/lembra. Segundo Taussig, a necessidade de desenhar vem da sensação de desespero por não poder invocar através da escrita, de forma exata, satisfatória, a realidade vivida.…”
unclassified