2003
DOI: 10.1590/s0104-83332003000100008
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Era uma vez... uma análise

Abstract: Em homenagem a Camille Claudel, que fez a escultura Les Bavardes, que traduzimos como As Faladeiras.O ensaio que se segue narra uma experiência de análise vivida há mais de 15 anos. Foi achado por mero acaso, quando me mudei para meu próprio apartamento, e estava arrumando coisas do baú. Tinha me esquecido que um dia o havia escrito e senti um enorme alívio e uma grande alegria ao lê-lo. Decidi publicá-lo porque o vejo como um testemunho de que é possível sair de uma situação de violência de gênero, isto é, a … Show more

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“…Pelo contrário, toda psicologia deve estar interessada em enfrentar as desigualdades, rompendo com pressupostos que isolam o indivíduo, psicologizando suas experiências, apartando-o de seus processos de subjetivação. Na narrativa autobiográfica de Azerêdo (2003) em "Era uma vez... uma análise", essa autora conta como foi sua experiência como paciente de um analista que compreendia que ela deveria deixar de ser feminista e tornar-se feminina. Ela aponta para o fato de que o analista em questão sempre tinha uma teoria pronta sobre ela, obrigando-a a se encaixar nela, não estando preparado, portanto, para questionar visões tradicionais do que era ser mulher.…”
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“…Pelo contrário, toda psicologia deve estar interessada em enfrentar as desigualdades, rompendo com pressupostos que isolam o indivíduo, psicologizando suas experiências, apartando-o de seus processos de subjetivação. Na narrativa autobiográfica de Azerêdo (2003) em "Era uma vez... uma análise", essa autora conta como foi sua experiência como paciente de um analista que compreendia que ela deveria deixar de ser feminista e tornar-se feminina. Ela aponta para o fato de que o analista em questão sempre tinha uma teoria pronta sobre ela, obrigando-a a se encaixar nela, não estando preparado, portanto, para questionar visões tradicionais do que era ser mulher.…”
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“…Ela aponta para o fato de que o analista em questão sempre tinha uma teoria pronta sobre ela, obrigando-a a se encaixar nela, não estando preparado, portanto, para questionar visões tradicionais do que era ser mulher. Ao longo do relato de Azerêdo (2003), é possível identificar como uma prática que desconsidera os marcadores sociais das diferenças e as desigualdades sociais e que trabalha com sujeitos universais, a-históricos e essencializados, não apenas reproduz estereótipos e atos performativos altamente rígidos, como também é responsável por cometer violências em nome de um saber técnico pretensamente neutro. Acredito que seja a esse tipo de fazer que Mayorga (2014) se refere quando nos adverte sobre o risco de transformarmos nossa prática em um tecnicismo reducionista cujos efeitos levam à neutralização dos conflitos sociais e despolitização da realidade.…”
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