Apresentação

Araújo, Angela Maria Carneiro

doi:10.1590/s0104-83332002000100005

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“…Araujo, 2002), pode se beneficiar das recentes teorizações no campo dos estudos de gênero em torno do conceito de interseccionalidade, ou de consubstancialidade, como prefere Danièle Kergoat, ou ainda de imbricação, como aparece no artigo de Jules Falquet. Tais conceitos visam dar conta da interrelação entre os diferentes marcadores sociais da diferença e da desigualdade -ou modalidades de relação de poder -como gênero, classe, raça/etnia, nacionalidade, idade, entre outros.…”

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Gênero no mundo do trabalho*

Araujo

2017

Cad. Pagu

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As contribuições feministas nos estudos do trabalho têm sido centrais para analisar o trabalho das mulheres e para alargar e complexificar os próprios modos de compreensão do que é trabalho. A noção de divisão sexual do trabalho já deixa clara a necessidade de compreender o trabalho remunerado e o não remunerado enquanto dimensões inter-relacionadas do trabalho social (Sorj, 2000). Pois como argumenta Bruschini (2007), é na articulação entre o mercado de trabalho, o mundo doméstico e as relações sociais de gênero que o trabalho das mulheres pode ser compreendido.A noção de divisão sexual do trabalho e suas implicações teórico-analíticas são particularmente úteis para pensar questões como as desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho, segregação ocupacional, cuidado e trabalho doméstico, migração, precariedade e subemprego. Esses e outros temas são desenvolvidos tendo como pano de fundo as discussões sobre divisão sexual do trabalho e por meio da elaboração de quadros interpretativos do trabalho das mulheres, na coletânea Gênero e trabalho no Brasil e na França: perspectivas interseccionais, organizada por

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Gênero no mundo do trabalho*

Araujo

2017

Cad. Pagu

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“…Contudo, depararam-se com a dupla jornada, pois mesmo as que trabalhavam fora de casa, permaneceram como as únicas responsáveis pelos cuidados com os filhos -já que os homens mantiveram-se restritos à função de provedor. Para que pudessem trabalhar, algumas mulheres contavam com o suporte das creches que já estavam em funcionamento desde o início do século para as mães operárias, e nesse segundo momento -década de 70recebeu crianças filhas de mães de classe média/média alta (Araújo, 2002).…”

Section: Cuidados Com a Primeira Infânciaunclassified

Um estudo sobre a parentalidade contemporânea e a rede de cuidados com a primeira infância

Campana¹

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AGRADECIMENTOSAgradeço à Professora Titular Isabel Cristina Gomes pela orientação dedicada e pela confiança no meu trabalho. Agradeço à Dra. Danielly Passos de Oliveira e à Dra. Maria Galrão Rios-Lima pelas contribuições fundamentais que trouxeram na ocasião do exame de qualificação, e ao Prof. Dr. Nelson Ernesto Coelho Junior que, sem possibilidades de comparecer no dia do exame, discutiu o trabalho comigo posteriormente. Agradeço à Carine Valéria Mendes dos Santos pela parceria de escrita e reflexão a respeito de nossas temáticas de investigação. Sua determinação e seu entusiasmo na escrita dos artigos que desenvolvemos em coautoria foram fundamentais. Agradeço à minha queria amiga Thais Fontana Gemignani Werneck pela revisão cuidadosa da Tese e por suas contribuições tão fundamentais, mas principalmente por sua amizade ao longo de todos estes anos. Agradeço à também querida Michele Carmona Aching pela leitura de cada etapa do trabalho, pelo incentivo, pelas contribuições que fez e pelos anos de bate-papo nos cafés que inspiram a escrita. Agradeço às minhas colegas de grupo de pesquisa Déa Bertran Munhoz, Flávia Carvalho e Marjorie El Khouri pelos momentos de trabalho, reflexão, idas a congressos, mas principalmente pelas boas risadas que pudemos compartilhar ao longo de todo o processo. Agradeço ao grupo de seminário de que participei na clínica de Tavistock coordenado por Effie Layou-Lignos e Felicity Tyson, com quem tive a honra de discutir as ideias presentes nesta Tese. Agradeço aos amigos do grupo independente -Lilian Finkelstein, Silvia Lobo, Reinaldo Lobo, Lenise Yamin, Cris Gomes, Maria Thereza Nogueira, Breno de Menezes e Paulina Ghertman -que me acolheram de forma tão calorosa para dividir seus conhecimentos sobre psicanálise e clínica psicanalítica atual. É um privilegio aprender com vocês! Agradeço em especial à querida amiga Lilian, que não só me convidou para compor o grupo, mas que me conhece desde a época da graduação e sempre incentivou, apoiou e apostou na minha carreira. Agradeço à Isabel Kahn Marin, com quem comecei meus estudos sobre casais e famílias na PUC-SP. Professora que incentiva, supervisora que nos faz refletir e desenvolver o pensamento clínico, agradeço a honra e o privilegio de ter sido sua aluna e sua supervisionanda por tantos anos. Agradeço à Sandra Pavone, supervisora generosa e psicanalista sensível, pelas contribuições ao meu pensar clínico e pelo apoio de sempre. Agradeço aos meus pais Antonio Carlos e Alice Helena por todo amparo, cuidado, amor e compreensão que dedicam a mim e aos meus irmãos. Admiro a força e a capacidade de superação de vocês diante dos desafios da conjugalidade e da parentalidade. Agradeço aos meus irmãos André e Daniel, à minha cunhada Julia e à minha querida sobrinha Helena pelo carinho e confiança que temos um para com os outros. Agradeço a todos os casais, pediatras e coordenadores que aceitaram participar da pesquisa pelo tempo que disponibilizaram e a generosidade de suas contribuições. Sem vocês esta pesquisa não teria sido possível. Agradeço...

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Exploração, dominação e opressão da mulher trabalhadora nas esferas de produção e reprodução social

Lourenço¹

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No atual cenário marcado pelo neoliberalismo, pela informalidade do trabalho e pela precarização das condições de vida da classe trabalhadora, vemos que a mulher é quem sofre as consequências mais graves desses processos. Sua inserção subsidiária no mercado de trabalho e a responsabilização majoritária pela esfera da reprodução social carregam impactos significativos da conjuntura atual. Para compreender a posição da mulher em nossa sociedade, buscamos analisar sua funcionalidade para a manutenção do modo de produção capitalista. Partimos do entendimento da questão social fundante nesse sistema e do resgate do debate em torno de como se configuram as classes sociais atualmente para discutir a consubstancialidade das categorias de classe, raça e sexo, imbricadas na realidade objetiva. Reafirmando essa opção teórica, discorre-se sobre as correntes teóricas hegemônicas que procuram desarticular essa compreensão, de maneira a descentralizar a classe. Discorre-se sobre a relação entre capitalismo, racismo e patriarcado, retomando os fenômenos que são base material da situação concreta das mulheres: reprodução social e divisão sexual do trabalho. Na esteira dessa discussão, elabora-se sobre a formação social brasileira e as transformações ocorridas no padrão de produção, especialmente a partir dos anos 1970, com o advento do neoliberalismo, para ilustrar o trabalho feminino na realidade nacional. Reúne-se trabalhos que demonstram como a inserção da mulher na esfera produtiva ocorre, e em quais circunstâncias e condições.

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Gênero no mundo do trabalho*

Gênero no mundo do trabalho*

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