“…Franz Boas (1955), um dos primeiros antropólogos a discutir esta interface, destacou a indissociabilidade das artes com a cultura, por ser, ao mesmo tempo, faculdade primordial dos humanos e zona de impossibilidade para a existência de valores estáveis e estáticos -daí sua pertinência para funções não somente artísticas, mas teóricas, culturais, filosóficas, políticas, dentre outras -ver também Pareyson (2001). Por também serem tidas, em suas formulações polifônicas 3 , por linguagens, estruturas, sistemas, atos, símbolos, padrões de sentimento (Geertz, 2008), estas proposições alocadas no território da produção geralmente imagética de sujeitos culturalmente diversos 4 ajudam a gerar outro ponto interessante de comparação e reflexão entre sociedades irregulares e interculturais (Glissant, 2005;Alves, 2008;Campos;Zoettl;Carvalho, 2012;Garcia Canclini, 2012).…”