2017
DOI: 10.5007/2175-8034.2017v19n1p71
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Visualidades amazônicas e interculturais nos primeiros anos do Arte Pará

Abstract: O seguinte trabalho retoma uma discussão crítica e decolonial, dentro de uma leitura antropológica interpretativista, das primeiras edições do Salão Arte Pará (1982-1997), evento competitivo de artes visuais que ocorre na cidade de Belém, Estado do Pará. Desse modo, foi analisada a base conceitual inicial do evento e como se deu seu desenvolvimento e maturação, para refletir acerca do poder discursivo de circuitos expositivos de teor intercultural para uma região Amazônica. Buscamos conversar, principalmente, … Show more

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“…No caso do Arte Pará, salão paraense e localizado na esteira do que convenhamos chamar de contemporâneo, 3 temos um projeto idealizado e capitaneado pelo jornalista e presidente do, então, Grupo Liberal, 4 Rômulo Maiorana, que passou a ter grande parte de sua ocorrência 5 (de 1996 a 2015) no Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP), dentre outros equipamentos culturais, não somente belenenses, mas intermunicipais. De alguma forma interligado aos contextos iniciais deste artigo, a ocorrência anual e ininterrupta do salão revelou, com a sua primeira edição no ano de 1982, um contraditório papel para se (re)construir outras faces das Amazônias 6 após o período da ditadura militar -com destaque para a Amazônia Paraense -, e esteve alinhado também a ideais integracionistas, a partir de uma tentativa reincidente de fortalecimento artístico regional em relação ao eixo Sul-Sudeste (ver mais em Sarraf;Chaves, 2017).…”
Section: Considerações Iniciaisunclassified
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“…No caso do Arte Pará, salão paraense e localizado na esteira do que convenhamos chamar de contemporâneo, 3 temos um projeto idealizado e capitaneado pelo jornalista e presidente do, então, Grupo Liberal, 4 Rômulo Maiorana, que passou a ter grande parte de sua ocorrência 5 (de 1996 a 2015) no Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP), dentre outros equipamentos culturais, não somente belenenses, mas intermunicipais. De alguma forma interligado aos contextos iniciais deste artigo, a ocorrência anual e ininterrupta do salão revelou, com a sua primeira edição no ano de 1982, um contraditório papel para se (re)construir outras faces das Amazônias 6 após o período da ditadura militar -com destaque para a Amazônia Paraense -, e esteve alinhado também a ideais integracionistas, a partir de uma tentativa reincidente de fortalecimento artístico regional em relação ao eixo Sul-Sudeste (ver mais em Sarraf;Chaves, 2017).…”
Section: Considerações Iniciaisunclassified
“…Esse era um pressuposto formal, portanto, que tratou de gerar empecilhos a modos de autenticidade menos espetaculares, ao empoderamento de novas representatividades locais e a uma política mais ampla sobre outras formas de conscientização artística na região. É presumível que o papel da organização do evento não necessitaria ter qualquer tipo de comprometimento ético/político com tais dilemas dos grupos das artes visuais de Belém, já que esse não seria seu papel, ainda que seus prejuízos colaborativos já se fi zessem muito claros se comparados à sua natureza de ativar representatividades locais outrora Sarraf;Chaves, 2017). Contudo, pelas próprias palavras de Queiroz, a organização, em parceria com o museu, poderia gerar novo fôlego (fôlego para públicos fruidores também) e reiterar uma agenda atualizada de compromissos com a diversidade se trouxesse outros acontecimentos que marcassem o decorrer do salão, inclusive com ocorrências durante os períodos externos à sua agenda anual de realização, com o caso de pré-mostras e de espaços conceituais de trocas, os quais, muito provavelmente, afetariam as vidas de vários e sacudiriam a previsibilidade do Arte Pará.…”
Section: Max Martinsunclassified
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“…Nassar é um dos expoentes do que se conhece por "visualidade amazônica" (Fletcher et al, 2017), uma corrente artístico-estética que busca, na arte contemporânea, responder às complexidades que giram em torno da prática artística na Amazônia. O artista, pessoalmente, opera essas matrizes compondo o que é frequentemente chamado de "pop ribeirinho" (Herkenhoff, 2021: 230) ou "estética da gambiarra" (Nassar, 2003), apresentando de forma híbrida e autobiográfica as possíveis integrações dos movimentos artísticos consagrados na história da arte e as imagens e narrativas do seu cotidiano no Pará, como a arquitetura popular, os brinquedos de miriti e os anúncios do comércio de alimentos típicos.…”
Section: Introductionunclassified