2008
DOI: 10.1590/s0104-71832008000100006
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O que é iconoclash? Ou, há um mundo além das guerras de imagem?

Abstract: O autor oferece uma reflexão a partir das obras apresentadas na exposição Iconoclash. Beyond the Image Wars in Science, Religion and Art, em 2002, no Center for New Art and Media, em Karlsruhe, cuja curadoria juntou três ambientes, os da religião, da ciência e da arte contemporânea, em que as imagens vêm se apresentando como "armas culturais" por meio de uma luta ambígua que tanto produz como destrói imagens, ícones e emblemas. Iconoclash foi o termo escolhido para definir a temática dessa exposição e nortear … Show more

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“…As tramas comunicacionais, ao existirem em fluxos, não podem ser aprisionadas em uma redoma de signos estáticos, pois a informação não é signo, já que se trata de uma relação estabelecida entre dois lugares: o primeiro concerne à periferia de uma área de "quase laboratório", onde se recolhem os fragmentos para a descrição; e, o segundo, aquele que se torna um centro, onde os fragmentos são ordenados e se produz as inscrições que circulam entre os demais pontos da rede (Latour, 2004a). Não basta quebrar, num gesto iconoclasta, um elemento qualquer de uma rede para que ela se desfaça, pois outros fluxos podem ser mobilizados por mediadores que a reconfiguram (Latour, 2008a).…”
Section: O Discurso Dos Artefatos E Atmosferas Sensoriaisunclassified
“…As tramas comunicacionais, ao existirem em fluxos, não podem ser aprisionadas em uma redoma de signos estáticos, pois a informação não é signo, já que se trata de uma relação estabelecida entre dois lugares: o primeiro concerne à periferia de uma área de "quase laboratório", onde se recolhem os fragmentos para a descrição; e, o segundo, aquele que se torna um centro, onde os fragmentos são ordenados e se produz as inscrições que circulam entre os demais pontos da rede (Latour, 2004a). Não basta quebrar, num gesto iconoclasta, um elemento qualquer de uma rede para que ela se desfaça, pois outros fluxos podem ser mobilizados por mediadores que a reconfiguram (Latour, 2008a).…”
Section: O Discurso Dos Artefatos E Atmosferas Sensoriaisunclassified
“…Os movimentos de destruição e reparação contidos na aproximação dos modernos com outros povos podem então ser entendidos com a ajuda da noção de fatiche: eles destroem certas entidades para dar existência a outras que promovam ou acelerem sua ação (Latour, 2001). De modo análogo, Latour (2008) insiste no trabalho produtivo do iconoclasta, pois o estatuto e o signifi cado de sua destruição nunca são certos, pois é sempre possível associar uma outra imagem ao próprio ato de destruição. Voltemos então à noção de crença, para aprofundar a demanda pelo que ela faz, ou, recorrendo ao modo de busca em Asad, para sabermos como ela se articula com o que faz a modernidade enquanto conjunto de tecnologias para a produção de um viver no mundo.…”
Section: Latour O Predicador Não Modernounclassified
“…Isso lhes permite, segundo Latour (1994), construir redes de uma amplitude inédita. Essa força, que se destaca para caracterizar as qualidades do coletivo de natureza-sociedade designado pela modernidade, tem sua contrapartida, tema que o autor explora mais, por exemplo, no texto em que trata das imagens (Latour, 2008). Referindo-se ao 11 de setembro, ele comenta: universalização que civiliza, legitima e administra."…”
Section: Latour O Predicador Não Modernounclassified
“…Ou seja, não se trata de analisar como objetos refletem crenças, símbolos ou representações sobre o mundo social (Cf. Latour 2008), mas, ao contrário, de atentar para as influências e as transformações recíprocas entre o mundo espiritual e o mundano, entre entes espirituais, como divindades, e objetos materiais (Cf. Espírito Santo & Tassi 2013).…”
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