“…Barros et al 24 , analisando a política de saúde no Brasil na mesma época desta pesquisa, descrevem que apesar da vigência do paradigma da multicausalidade e determinação social das doenças, na prática, ainda persiste uma visão reducionista, utilizando-se de modelos unicausais, como a teoria dos germes e a do estilo de vida. Essa subjetividade, expressa nos discursos sobre os determinantes, revela sentimentos, pensamentos e concepções, diferenciando claramente os grupos de atores, ao mesmo tempo em que sugere uma diversidade de intenções em relação às intervenções a serem implementadas 25 . Percebe-se, como Good 15 , que a "heteroglossia", a multiplicidade de vozes sobre a experiência humana, não somente diverge, mas, frequentemente, é contestada pelo discurso e prática hegemô-nica da Biomedicina.…”