2014
DOI: 10.1590/s0104-59702014005000017
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Apontamentos acerca da Cadeia do Ser e o lugar dos negros na filosofia natural na Europa setecentista

Abstract: Por meio da análise de obras acadêmicas produzidas por filósofos naturais no século XVIII, pretendemos discutir algumas ideias recorrentes acerca da Grande Cadeia do Ser. Para tal, analisamos as relações entre filosofia e teologia natural no período. Reavaliamos ainda alguns elementos da Cadeia do Ser, investigando autores que discorreram sobre o tema em seus escritos. Por fim, elencamos um ponto específico das discussões setecentistas sobre a scala naturae, qual seja, as diversas e nem sempre convergentes ide… Show more

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“…A morte enquanto experiência-limite da conduta desarrazoada do homem nos renovados arranjos epistêmico-discursivos do Classicismo A Época Clássica foi, segundo Foucault (1966), um período de ordenação dos diversos seres vivos da natureza, com o intuito de estabelecer uma taxonomia da diversidade da vida no planeta, no processo de sistematização e de nomeação dos reinos animal, vegetal e mineral, aliada a um período histórico de descoberta e investigação de novos animais, minerais e vegetais advindos da descoberta de novos continentes. Em tal processo, a visibilidade de tais reinos se torna inteligível mediante o arrolamento sistemático destes seres em categorias diferenciáveis, numa tradição da filosofia natural setecentista na qual se alinhavam tanto os estudos de "Georges Cuvier (1769-1832) quanto de Étienne Geoffroy Saint-Hilaire (1772-1844) (Santos e Campos, 2014, p. 1216. Destaca-se também Carl von Linnaeus (1707-1778), cuja tarefa de ordenar e nomear o mundo pós-Criação "unia a natureza a Deus.…”
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“…A morte enquanto experiência-limite da conduta desarrazoada do homem nos renovados arranjos epistêmico-discursivos do Classicismo A Época Clássica foi, segundo Foucault (1966), um período de ordenação dos diversos seres vivos da natureza, com o intuito de estabelecer uma taxonomia da diversidade da vida no planeta, no processo de sistematização e de nomeação dos reinos animal, vegetal e mineral, aliada a um período histórico de descoberta e investigação de novos animais, minerais e vegetais advindos da descoberta de novos continentes. Em tal processo, a visibilidade de tais reinos se torna inteligível mediante o arrolamento sistemático destes seres em categorias diferenciáveis, numa tradição da filosofia natural setecentista na qual se alinhavam tanto os estudos de "Georges Cuvier (1769-1832) quanto de Étienne Geoffroy Saint-Hilaire (1772-1844) (Santos e Campos, 2014, p. 1216. Destaca-se também Carl von Linnaeus (1707-1778), cuja tarefa de ordenar e nomear o mundo pós-Criação "unia a natureza a Deus.…”
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“…Santos & Campos, 2014). Podemos mencionar, apenas para exemplificar este ponto, Jean-Baptiste René Robinet (1735-1820), que defendia que o rabo, uma característica anatômica, ia diminuindo à medida que se observavam os seres mais desenvolvidos na cadeia do ser.…”
Section: O Tempo Panópticounclassified
“…Podemos mencionar, apenas para exemplificar este ponto, Jean-Baptiste René Robinet (1735-1820), que defendia que o rabo, uma característica anatômica, ia diminuindo à medida que se observavam os seres mais desenvolvidos na cadeia do ser. Em sua visão, "desde o primeiro passo de sua degradação, ele deixa de ser homem: o vizinho mais próximo do homem é quase um homem; mas ele não é um homem" (Robinet apud Santos & Campos, 2014, p. 1223.…”
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