2011
DOI: 10.1590/s0104-59702011000500002
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Gênero e assistência: considerações histórico-conceituais sobre práticas e políticas assistenciais

Abstract: Propõe uma reflexão teórica e histórica a partir da conjunção do conceito de gênero e da noção de assistência. Analisa as dimensões políticas dos dois conceitos, problematizando a dicotomia entre político e pré-político, com suas marcas distintivas de gênero, de grande influência na teoria política e no pensamento moderno. Examina as práticas do cuidar pelo Estado moderno, bem como as transformações da assistência no interior das organizações caritativas e benemerentes que se constituem paralelamente e em cons… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1
1

Citation Types

0
2
0
14

Year Published

2012
2012
2021
2021

Publication Types

Select...
8
1

Relationship

0
9

Authors

Journals

citations
Cited by 11 publications
(16 citation statements)
references
References 5 publications
(5 reference statements)
0
2
0
14
Order By: Relevance
“…Percebe-se que as publicações sobre assistência social, gênero ou mulheres concentram-se na crítica à concepção familista, ao papel e dever enquadrados às mães nessa política, com manutenção conservadora da lógica patriarcal (OLIVEIRA, 2017;SILVA, TAVARES, 2015;COSTA et al, 2015;SAN-TOS, 2014;MELO, 2012;TABBUSH, 2011;MARTINS, 2011;CARLOTO, MARIANO, 2010;MARIANO, CARLOTO, 2009;CASTRO, 1999). Além desses temas, há foco nas mulheres que vivenciam a violência como público alvo da assistência social, e na perspectiva de empoderamento de mulheres (OLIVEIRA, 2017;CABEZAS, 2016;SANTOS, 2015;COSTA et al, 2015;SILVA, TAVARES, 2015;MADUREIRA et al, 2014;PEREIRA, 2014;MELO et al, 2014;MOREIRA et al, 2012;TABBUSH, 2011;CARLOTO, MARIANO, 2010;MARIANO, CARLOTO, 2009;CASTRO, 1999).…”
Section: Revista Sociais and Humanas -Vol 32 / Nº 2 -2019unclassified
“…Percebe-se que as publicações sobre assistência social, gênero ou mulheres concentram-se na crítica à concepção familista, ao papel e dever enquadrados às mães nessa política, com manutenção conservadora da lógica patriarcal (OLIVEIRA, 2017;SILVA, TAVARES, 2015;COSTA et al, 2015;SAN-TOS, 2014;MELO, 2012;TABBUSH, 2011;MARTINS, 2011;CARLOTO, MARIANO, 2010;MARIANO, CARLOTO, 2009;CASTRO, 1999). Além desses temas, há foco nas mulheres que vivenciam a violência como público alvo da assistência social, e na perspectiva de empoderamento de mulheres (OLIVEIRA, 2017;CABEZAS, 2016;SANTOS, 2015;COSTA et al, 2015;SILVA, TAVARES, 2015;MADUREIRA et al, 2014;PEREIRA, 2014;MELO et al, 2014;MOREIRA et al, 2012;TABBUSH, 2011;CARLOTO, MARIANO, 2010;MARIANO, CARLOTO, 2009;CASTRO, 1999).…”
Section: Revista Sociais and Humanas -Vol 32 / Nº 2 -2019unclassified
“…Propiciaram também o acesso a "funções masculinas" como o controle financeiro, o contato com a mídia, com fornecedores, o uso da palavra pública e a política. Para Martins (2011), trata-se de um processo de politização da maternidade, que era tomada enquanto característica e função social feminina por excelência e inquestionável. Contudo, muitas mulheres usaram-na como acesso ao público "[...] ao afirmar que não era uma função natural ou restrita à manutenção da família, mas sim uma função social das mais importantes que exigia muita dedicação, tempo e trabalho das mulheres" (Martins, 2011, p. 26).…”
Section: )unclassified
“…Com isso, podemos perceber que a inserção efetiva e largamente mais aceita das mulheres de classe média no mercado de trabalho remunerado se deu, mormente, por meio de profissões que não iam contra a dita "natureza feminina", dentre essas "[...] destacavam-se as funções de professora, enfermeira e costureira, não consideradas 'desviantes', visto que eram extensões de seus papéis 'naturais' de mãe, esposa e dona de casa" (Freire, 2009, p. 56). Trata-se, contudo, do processo de politização da maternidade, apontado por Martins (2011), ao qual já nos referimos.…”
Section: )unclassified
“…Houve um período no Brasil, em décadas passadas do Século XX, em que o Estado era indutor do crescimento econômico. Neste período, surgiram algumas ações de governo de cunho assistencialista, tais como a Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (FUNABEM), criada pela Lei Federal nº 4.513/1964, e a Fundação Legião Brasileira de Assistência (LBA), transformada em fundação pelo Decreto-Lei nº 593/1969, que representaram dois exemplos de algumas das muitas iniciativas públicas de amparo aos mais necessitados (MARTINS, 2011).…”
Section: Responsabilidade Social (Rs) E As Organizações No Brasilunclassified