“…A partir de então, a Serra dos Órgãos se tornaria seu lar e o Bioma Mata Atlântica fluminense, um campo importante de pesquisas, como observamos na documentação do Relatório de 1954 e no áudio da década de 1950. Bertha Lutz escolheu uma casa retirada em meio à natureza e foi moradora de Teresópolis, até doar sua casa serrana, no fim de sua vida, para que da casa e do sítio se fizesse a sede de um herbário, o Bradeanum (HB)(LUTZ 1950a(LUTZ , 1954bSÁ, 2018; MENEZES-RIBEIRO, 2019), hoje indexado e com sede na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), no Rio de Janeiro.O alcance da personalidade científica, social e política, nas diversas nuances da história de vida de Bertha Lutz, foi um tema analisado por Maria MargarethLopes (2008).Podemos dizer que a militância feminista, suas ações como cientista ou seu envolvimento no campo político, as inúmeras atividades às quais a cientista brasileira se dedicou foram parte de sua atuação no mundo, e ela o fez de forma indissociável. Assim, Bertha Lutz foi cientista, feminista e política, naturalista e zoóloga, museóloga(LUTZ, 1954;LOPES, 2008) e, como afirmaremos, ambientalista e ativista das causas da conservação da Mata Atlântica e dos parques nacionais brasileiros.O posicionamento político da cientista brasileira na revisão da constituinte (entre os anosde 1933-1934) e como Deputada Federal (entre 1935-1936 havia sido abertamente em favor dos parques e reservas brasileiros (LOPES, SOUZA eSOMBRIO, 2004;LOPES, 2008).…”