“…As primeiras iniciativas de criar estruturas residências extra-hospitalares datam dos anos noventa, quando alguns municípios -Campinas, Porto Alegre, Ribeirão Preto e Rio de Janeiro -criaram "lares abrigados", "pensões protegidas" ou moradias extrahospitalares para substituir as "internações crônicas em hospitais crônicos" (Braga-Campos & Guarrido, 2006;Furtado & Pacheco, 1998;Guimarães & Saeki, 2001;Matias & Annunziato, 2001;Monteiro, Dias, Cruz, & Frichembruder, 2002). Tais iniciativas tornaram-se uma política do SUS, através da portaria GM106/2000, que criou os Serviços Residenciais Terapêuticos em Saúde Mental, nomenclatura frequentemente questionada, mas estabelecida para justificar a sua inserção no SUS (Furtado, 2006 (Vidal, Gontijo, & Bandeira, 2007) até os a respeito de vivência e visão dos moradores (Araújo, 2004;Fassheber, Barreto, & Vidal, 2007;Matos & Moreira, 2013).…”