ResumoO presente artigo analisa o projeto de identidade nacional do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB), tendo como objeto o diário de viagem do botânico Francisco Freire Alemão, membro do Instituto. Para o IHGB, a escrita da história de uma nação originada de sociedades iletradas passaria pelo estudo das ciências naturais, na busca de um ordenamento inteligível da natureza pela narrativa. Nesse sentido, pretendo depreender deste relato determinada prática de construção da memória e da temporalidade a partir da adoção de certos procedimentos narrativos, ligados às premissas da herança ilustrada e do historicismo romântico. Palavras-chave: Identidade nacional; natureza; narrativa; escrita da História.
AbstractThis paper analyzes the project of national identity developed by Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), having as subject Francisco Freire Alemão's travel diary. For IHGB, a national history writing of a country originated from illiterate societies pass through the study of natural sciences, in search of an intelligible order of nature through narrative. Accordingly, this report intends to infer particular practice of memory and temporality constructions from the adoption of certain narrative procedures, linked to the assumptions of inheritance illustrated and romantic historicism.