1996
DOI: 10.1590/s0104-59701996000200002
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Velocidade/aceleração temporal e infecções emergentes: epidemiologia e tempo social

Abstract: In an examination of epidemiology and social time, this paper argues that the time IntroduçãoNossas vidas estão inexoravelmente marcadas pelo tempo. Embora raramente fixemos a atenção nisto, haverá sempre um tempo marcando nossa existência, nossas emoções, sucessos e desilusões. Nossas lembranças, onde habitam as imagens que temos das pessoas e do mundo, são forjadas pelos sentidos que temos do tempo. Nosso pretenso conhecimento da realidade, a ciência, o juízo que fazemos das "coisas, nossas crenças e valores… Show more

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“…Contudo, tem sido alertado que, essa dinâmica tem gerado um profundo mal-estar cultural e social com manifestação consciente de uma exploração exacerbada dos recursos temporais (Kurz, 1999), ou seja, o tempo se encontra em estado de urgência e, com isso, os indivíduos estão adoecendo, sofrendo cada vez mais, por exemplo, pela ansiedade. Sevalho (1996) denomina esse fenômeno de "sistemas instantâneos de…”
Section: Referênciasunclassified
“…Contudo, tem sido alertado que, essa dinâmica tem gerado um profundo mal-estar cultural e social com manifestação consciente de uma exploração exacerbada dos recursos temporais (Kurz, 1999), ou seja, o tempo se encontra em estado de urgência e, com isso, os indivíduos estão adoecendo, sofrendo cada vez mais, por exemplo, pela ansiedade. Sevalho (1996) denomina esse fenômeno de "sistemas instantâneos de…”
Section: Referênciasunclassified
“…8 Sugerimos a leitura de Quadra (1983), como uma análise mais profunda sobre o modelo da História Natural da Doença, de , como exemplo de abordagem de uma doença dentro de uma perspectiva de transcendência da naturalização dos processos e, de Almeida Filho (1992) e Barreto & Alves (1994), como abordagens críticas das limitações da Epidemiologia contemporânea para lidar com seu objeto de forma mais abrangente, leia-se, menos naturalizada ou, reduzida. Há também alguns trabalhos que procuram desenvolver o conceito de tempo além do usualmente utilizado na prática da pesquisa empírica (Pinto, 1973, Elias, 1994, Sevalho, 1996e 1997 'sobra da probabilidade', aquela parcela das relações não passíveis de atribuição às regras do acaso. Vimos, também, que seu desenvolvimento se fez com a hegemonia de uma prática reducionista de investigação e de influências sobre as ações médicas e organizações institucionais, embora hoje a palavra positivismo tenha assumido uma conotação injuriosa para a maioria dos epidemiologistas (Almeida Filho, 1992).…”
Section: Quantitativo E Qualitativounclassified
“…O mundo atual é da velocidade crescente das trocas e deslocamentos e favorecimento da circulação de microorganismos, com o ser humano e sua biota portátil transportados por meios rápidos e eficazes 5 (p. 230). A produção capitalista e o consumismo impõem a contínua substituição dos bens, e a mobilidade, física ou imaginária, é condição para geração do lucro financeiro.…”
Section: Introductionunclassified
“…A produção capitalista e o consumismo impõem a contínua substituição dos bens, e a mobilidade, física ou imaginária, é condição para geração do lucro financeiro. Segundo Sevalho 5 , quando o tempo é dinheiro a duração é um obstáculo a se vencer e o espaço e o tempo foram colonizados para tal (p. 223).…”
Section: Introductionunclassified