Este artigo objetiva compreender o processo civilizatório no ocidente, o surgimento da escolarização ocidental e as tentativas de assimilação e aculturação acometidas aos povos indígenas a partir da análise do documentário Nossos espíritos não falam inglês. Nesse contexto histórico da escolarização ocidental dos povos indígenas, trilharemos caminhos obscuros e descobriremos A face oculta da escola por se tratar de uma prática educativa castradora e domesticadora, imposta pela suposta cultura superior ocidental que tentam apagar as memórias, culturas e identidades dos povos indígenas forçando uma prática de assimilação e aculturação de seus modos de vidas. Metodologicamente, trata-se de um estudo teórico de abordagem historiográfica, fazendo uso da pesquisa documental, tendo como instrumentos de coleta de dados, a técnica de transcrição e minutagem do documentário e a técnica de captura de imagens. Conclui-se que os povos indígenas nunca foram passivos desse processo, pelo contrário, havia grupos de resistência organizados pelos anciãos das tribos na defesa do direito à manutenção de suas origens étnicas e culturais pelo fato de que seus espíritos não falavam inglês, mas múltiplas línguas indígenas.