Encontros com a diferença na formação de profissionais de saúde: juventudes, sexualidades e gêneros na escola

Abstract

Resumo O artigo discute a forma como gênero e sexualidades são significados por jovens secundaristas, com base nas reflexões advindas do projeto de extensão universitária Juventudes e funk na Baixada Santista: territórios, redes, saúde e educação, desenvolvido em parceria com duas escolas públicas de Santos. O projeto tem como principal estratégia as Oficinas da Diferença, que partem do binômio teoria-prática na formação interdisciplinar de estudantes de psicologia, serviço social, terapia ocupacional e educação física, e da noção de marcadores sociais da diferença. Essas oficinas são concebidas como encontros voltados a disparar reflexões que expressem a multiplicidade de experiências juvenis - o reconhecimento de jovens como sujeitos sociais, o modo como encaram o exercício da sexualidade, performances de gênero, estilos de vida e concepções de mundo. O método demonstra-se potente tanto na ação com jovens como na formação de profissionais comprometidos/as com a promoção de uma convivência equânime e com o respeito às diferenças constitutivas dos sujeitos.

Systematic mapping of knowledge production in graduate training in occupational therapy in territorial and community contexts in Brazil

“…Interdisciplinary and interprofessional teaching is highlighted as an important assumption in consolidating this training. From this perspective, the challenge is to bring together actors (teachers, students, professionals) from different areas in the same space, providing partnerships to consolidate interactive and cooperative learning (Castro et al, 2016;Capozzolo et al, 2018;Silva & Borba, 2018;Panciera et al, 2021;Carvalho et al, 2020b;Chriguer, 2022).…”

DESAFIOS E POTENCIALIDADES NO DEBATE DE GÊNERO E SEXUALIDADE: uma revisão integrativa

“…Ao inserir a problematização de gênero e sexualidade no ambiente escolar, permite-se o compartilhamento de percepções, corroborando para o processo de aprendizagem, bem como possibilita a abertura para novos debates e construções (Silva & Borba, 2018).…”

Sexualidade e saúde sexual de adolescentes: interseção de demandas para o cuidado

“…Ao mesmo tempo, expressa dúvidas e curiosidades acerca da sexualidade, que oscilam entre a reafirmação do homem viril e a busca de superação da mentalidade machista. Pesquisa desenvolvida com jovens mostra resultado semelhante, eles se consideram sujeitos sexuais e de direitos, portanto tem direito ao exercício de suas sexualidades 22 .…”

“…A educação em saúde que segue o modelo dialógico busca respeitar as diferentes visões de mundo e de significados entre adolescentes e adultos, de modo a favorecer as relações intergeracionais 22 , e, desse modo, abre caminhos para que pessoas se tornem autônomas e corresponsáveis no cuidado e na promoção da sua saúde. Para tanto, profissionais de saúde devem ser facilitadores de todo processo educativo, para que o cuidado se desenvolva sob o eixo da integralidade e da busca da autonomia do adolescente.…”