2017
DOI: 10.1590/s0104-12902017163041
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A atuação do profissional de saúde residente em contato com a morte e o morrer

Abstract: Resumo Decorrente de um processo sócio-histórico, a morte tornou-se um tabu: há uma constrição do tema que o afasta do cotidiano e isola sua vivência. Assim, a formação dos profissionais de saúde em torno da temática é insuficiente em níveis de graduação e pós-graduação, este último na modalidade de residência em saúde, interferindo no cuidado para com pacientes em processo de morte e morrer. Este artigo visa compreender a percepção do profissional de saúde residente diante da atuação na morte e no morrer, e i… Show more

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“…É difícil definir a morte em um único conceito, cada pessoa tentará à sua maneira simbolizá-la (Ivo & Pedroso, 2017 p.311). (Lima & Andrade, 2017).…”
Section: Resultsunclassified
“…É difícil definir a morte em um único conceito, cada pessoa tentará à sua maneira simbolizá-la (Ivo & Pedroso, 2017 p.311). (Lima & Andrade, 2017).…”
Section: Resultsunclassified
“…A pós-graduação nos moldes de residência é encarada como uma excelente oportunidade para a complementaridade da formação na graduação, considerando, porém, que esta também apresenta lacunas em relação à formação para o tema da terminalidade, especialmente em pediatria (Lima & Andrade, 2017).…”
Section: O Processo De Formação Como Facilitador Para Lidar Com O Processo De Morte E Morrerunclassified
“…Conforme demonstrado em uma pesquisa, na qual analisou a atuação dos profissionais de saúde residentes em contato com a morte e o morrer, faz-se necessário que se ofertem espaços de cuidado a esses profissionais nas instituições hospitalares, que permitam que estes falem de suas angústias e das dores decorrentes da vivência com a morte e o morrer, a fim de realizarem um cuidado que não seja causador de sofrimento. Tais espaços possibilitariam também debates, discussões e reflexões, centradas na preparação psicológica e emocional e nas relações interpessoais que emergem na prática de cuidar, visando o desenvolvimento de habilidades e atitudes que facilitariam as intervenções junto ao paciente e sua família(Lima & Andrade, 2017).4.3 Terminalidade e os cuidados paliativos em pediatriaEm oncologia pediátrica, trabalha-se muito com cuidados paliativos, os quais devem ser iniciados a partir do diagnóstico de doença que ameace a vida e possuem foco em prevenir e aliviar o sofrimento relacionado à doença e ao tratamento, bem como em promover a qualidade de vida. Logo, não é recomendado citar cuidados paliativos remetendo o diagnóstico à noção de terminalidade.…”
unclassified
“…Por outro lado, as experiências positivas com os profissionais, tais como a disponibilidade de suporte social, a confiança de que todas as necessidades do filho haviam sido supridas, a assimilação de terem recebido cuidado integral, o apoio e a sensibilidade no momento da perda, auxiliaram na construção de significados e na transição para nova realidade como pais enlutados (Dutta et al, 2020;Ljungman et al, 2016;Pohlkamp et al, 2019;Santos et al, 2019) Aponta-se que a relação com a equipe pode sofrer ruídos diante do mal-estar que, por vezes, instala-se entre os familiares e os profissionais (Quintana, et al, 2011), e diante da responsabilização da equipe quando a dor se torna insuportável para os pais (Rios et al 2016). Acrescenta-se que, por parte dos profissionais da saúde, há uma formação que carece de discussões sobre aspectos relacionais, uma vez que, no ensino, predominam os aspectos voltados à técnica e à cura (Azeredo, 2016;Lima & Andrade, 2017). Ainda, há o fato de que, conforme mostra a pesquisa de Cherer et al (2013), a morte de uma criança pode causar maior afetação dos profissionais, tendo em vista as concepções que envolvem a infância e a expectativa de sucesso terapêutico.…”
Section: Significados Atribuídos Por Pais Enlutados àS Suas Experiências E Aos Cuidados Da Equipe De Saúdeunclassified
“…No que tange à preparação da atuação das equipes, reflete-se acerca da formação dos profissionais da saúde, em que a maior parte das pautas curriculares são direcionadas aos aspectos técnicos, em detrimento de uma formação também voltada aos aspectos humanos e relacionais. Os cursos da área da saúde, de maneira geral, não oferecem espaço para que a relação profissional-paciente seja trabalhada e, desde o início, buscam separar o corpo adoecido do doente (Lima & Andrade, 2017). Ainda, entende-se, que o fim de vida ou a morte de uma criança pode provocar um maior impacto na equipe de saúde, o que, por sua vez, pode ter incrementado a dificuldade dos profissionais em entrar em contato e transmitir as informações sobre a morte de maneira adequada aos familiares (Cherer et al, 2013 (Meert et al, 2009), na medida em que esses vínculos podem funcionar como um fator de suporte ao luto (Snaman et al, 2016…”
Section: Experiências Dos Pais Relativas Ao Filhounclassified