Re su mo Procurou-se analisar as ações dos agentes comunitários de saúde referentes à orientação da comunidade sobre o uso racional de medicamentos na Estratégia Saúde da Família em Palmas, capital do estado do Tocantins. Tratou-se de estudo descritivo--exploratório, de abordagem quantitativa, realizado com 246 agentes entre janeiro e abril de 2014. A coleta de dados foi por questionário, objetivando verificar a formação e a informação específica sobre medicamentos e os riscos da farmacoterapia no trabalho dos participantes da pesquisa. Observou-se que 88% dos agentes não realizaram curso de capacitação sobre medicamentos; 75,5% consideraram não ter conhecimento suficiente para dar orientações sobre medicamentos; 80,41% informaram que em nenhuma vez foram discutidos pela equipe temas sobre medicamentos; e 90,20% sentiam necessidade dessa formação. O estudo revelou que esses profissionais buscavam informações em várias fontesas bulas de medicamentos constituíam a principal (71,14%). Dos agentes comunitários de saúde, respectivamente 52,46% e 50% referenciaram o enfermeiro para solucionar problemas e sanar dúvidas sobre farmacoterapia. Dentre eles, 68,03% consideraram importante orientar as famílias, mas afirmaram precisar de educação permanente. Evidenciou-se a necessidade de qualificação e formação do agente comunitá-rio na promoção do uso racional de medicamentos, considerando o seu papel como promotor de saúde na comunidade. Pa la vras-cha ve uso racional de medicamentos; educação permanente; agente comunitário de saúde; Estratégia Saúde da Família.Abs tract An analysis was made of actions carried out by community health agents regarding community guidance on the rational use of medications in the Family Health Strategy in the municipality of Palmas, state of Tocantins, Brazil. This was a descriptive and exploratory study with a quantitative approach, done with 246 agents between January and April 2014. Data were collected via a questionnaire to verify the training and specific information on medications and on the risks of pharmacotherapy in their work. It was noted that 88%of the agents had no training on medications; 75.5% believed they did not have enough knowledge to provide guidance on medications; 80.41% said that the team never discussed topics on medications, and 90.20%felt they needed such training. The study revealed that these professionals sought information from various sources -medication insert leaflets were their main source (71.14%). Among the community health agents, respectively 52.46% and 50% asked for help from the nurse to solve issues and answer questions about pharmacotherapy. Among them, 68.03% considered it important to provide guidance to the families, but they said they need permanent education. There was a clear need for community agent qualification and training in promoting the rational use of medications, considering their role as health promoters in the community.