Maternal ability to take care of children exposed to HIV

Abstract

Objective: to assess the ability of mothers to take care of children exposed to HIV, using the Assessment Scale of Care Skills for Children Exposed to HIV at Birth and to check the association between the scale dimensions and maternal characteristics. Method: this cross-sectional study involved 62 HIV+ mothers whose children of up to one year old had been exposed to the virus at birth. The Assessment Scale of Care Skills for Children Exposed to HIV at Birth consists of 52 items and five dimensions, indicating high, moderate or low care ability. Results: 72.7% of the mothers appropriately offered zidovudine syrup; 86.0% were highly skilled to prepare and administer milk formula; 44.4% were moderately able to prepare and administer complementary feeding; 76.5% revealed high ability to administer prophylactic treatment against pneumonia and 95.3% demonstrated high abilities for clinical monitoring and immunization. Significant associations were found between some maternal variables and the scale dimensions. Conclusion: the scale permits the assessment of maternal care delivery to these children and the accomplishment of specific child health interventions.

<b> Quimioprofilaxia, acompanhamento clínico e imunizações de crianças expostas ao HIV: avaliação da capacidade familiar / Chemopophilaxia, clinical follow-up and immunizations of children exposed to HIV: assessment of family capacity

“…A alta capacidade para administração da quimioprofilaxia encontrada no presente estudo converge com estudo realizado em Fortaleza, região nordeste do Brasil, com mães infectadas pelo HIV com filhos expostos ao vírus, o qual identificou alta capacidade para administrar o AZT (72,7%) e para administrar a quimioprofilaxia com antibiótico (76,5%) (9) .…”

“…Entretanto, a alta capacidade para garantir as imunizações das crianças expostas ao HIV apontada pelo presente estudo diverge dos resultados encontrados no mesmo estudo realizado em Fortaleza. Os autores indicaram que as imunizações nos primeiros meses de vida da criança seguiam o calendário nacional, mas conforme a idade dessas crianças avançava, foram identificadas incompletudes no número de doses ou atraso na realização (9) . Outro estudo desenvolvido com mães de crianças expostas ao HIV, também em Fortaleza, apontou que as cuidadoras justificam a não adesão ao esquema vacinal por desconhecimento da necessidade de vacinas especiais para crianças expostas.…”

“…Quanto ao acompanhamento clínico das crianças expostas ao HIV, os familiares também apresentaram alta capacidade. Esse resultado converge com aqueles obtidos em Fortaleza, nos quais a totalidade de mães apresentou alta capacidade para manter o acompanhamento (9) ; sendo que três anos antes, apenas 23% garantiam o acompanhamento clínico adequado das crianças (11) . Inferimos que a qualidade do serviço de saúde prestado à população tem influência na capacidade familiar para garantir o acompanhamento clínico, em razão da considerável melhora no comparecimento às consultas com o passar dos anos.…”

“…Ainda, estar empregado com carteira assinada permite inferir a possibilidade desse familiar em dispor melhores condições financeiras, além de dispor direitos trabalhistas que facilitam a manutenção do acompanhamento nos serviços de saúde. Pesquisas anteriores evidenciaram que as dificuldades financeiras são as principais justificativas dos cuidadores para não acessarem os serviços de saúde (9,15) . Esse resultado configura-se como um novo achado em pesquisas realizadas com pessoas vivendo com HIV, indicando que a presença delas no mercado de trabalho tem o potencial de melhorar suas condições de vida e saúde.…”

“…Essa demanda é assumida por um membro do núcleo familiar, majoritariamente, a mãe. Quando a criança é exposta ao HIV, o cuidador-familiar precisa desenvolver habilidades para cuidá-la devido as demandas particulares da infectologia, a exemplo da quimioprofilaxia antirretroviral e antibioticoterapia, imunizações específicas e acompanhamento clínico periódico em serviço de saúde especializado (8)(9)(10) .…”