2007
DOI: 10.1590/s0104-026x2007000100011
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Consumidoras e heroínas: gênero na telenovela

Abstract: Este trabalho explora as correlações entre telenovela, consumo e gênero, buscando compreender como a mídia está articulada à promoção de bens e da cultura do consumo, e como gênero é um eixo importante em tal articulação. A pesquisa foi feita a partir de um estudo etnográfico de recepção de novelas, e se desdobra na análise da relação entre televisão e publicidade, discutindo a feminilização do consumo e a construção de certa imagem feminina hegemônica nas novelas e nos anúncios comerciais.

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“…Embora não seja o objetivo desse artigo fazer nenhum estudo de recepção, ou fazer qualquer debate sobre o enredo e as mensagens veiculadas pela trama de Babilônia, o relato de Ana Paula nos permite atentar para um viés da questão da busca por representatividade que diz respeito à relação entre mídia, telenovelas e consumo. Dimensão reveladora devido ao potencial desses veículos tanto de estímulo à formação de novas sensibilidades e subjetividades (Abu-Lughod, 2003) quanto de promoção de uma cultura do consumo (Almeida, 2007).…”
Section: Gleicy Mailly Da Silvaunclassified
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“…Embora não seja o objetivo desse artigo fazer nenhum estudo de recepção, ou fazer qualquer debate sobre o enredo e as mensagens veiculadas pela trama de Babilônia, o relato de Ana Paula nos permite atentar para um viés da questão da busca por representatividade que diz respeito à relação entre mídia, telenovelas e consumo. Dimensão reveladora devido ao potencial desses veículos tanto de estímulo à formação de novas sensibilidades e subjetividades (Abu-Lughod, 2003) quanto de promoção de uma cultura do consumo (Almeida, 2007).…”
Section: Gleicy Mailly Da Silvaunclassified
“…Entendendo a mídia como uma "tecnologia de gênero" (De Lauretis, 1994), ou seja, como um mecanismo social que atua na produção de representações, de práticas e de discursos que reproduzem visões normativas de gênero, Heloísa Buarque de Almeida (2007), ao tomar como objeto de análise a relação entre o campo publicitário e as novelas da Globo, chama atenção para duas questões: o fato de que o meio publicitário se apropria de bens culturais e de elementos simbólicos supostamente já presentes no imaginário e no cotidiano de seu público-alvo, as camadas médias e populares, de maneira a estimular e reforçar comportamentos de consumo; e o fato de que as novelas são pensadas no meio industrial e publicitário como um produto especifi camente feminino, sendo suas tramas centradas em personagens femininos e dirigidas, particularmente, às mulheres.…”
Section: Gleicy Mailly Da Silvaunclassified
“…Ser militar apresenta a possibilidade de igualdade entre os gêneros no campo do trabalho, mesmo que "as profissões nos sectores do exército, da polícia, dos transportes e dos técnicos apenas marginalmente estão abertas às mulheres" (LIPOVETSKY, 1997, p.241). A imagem de uma mulher moderna, profissional, economicamente ativa e independente é acionada aos moldes de uma heroína moderna (ALMEIDA, 2007).…”
Section: éRica: Ideal De Consumo Ou Periguete?unclassified
“…Tal estrutura é fundamentada, de acordo com Livingstone (1995) e Ang (1985), por três elementos principais, a saber: a) apresentação de diversas linhas narrativas simultâneas, cada um das quais com um conjunto de personagens; b) o encontro entre os diversos minienredos contextualiza e estrutura a história; c) elaboração de uma comunidade de personagens com posições e papéis definidos, circunscrevendo o conjunto de ações e situações possíveis de ocorrer. Heloísa Almeida (2007) aponta ainda que as ficções televisivas têm um repertório simbólico reconhecido pelos telespectadores, criando certas expectativas sobre os enredos e os personagens.…”
Section: O Papel Da Telenovela No Contexto Brasileirounclassified