2018
DOI: 10.1590/1678-49442018v24n3p033
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Face e contraface da violência de gênero: diálogos entre telenovelas e contexto nacional

Abstract: Resumo Embasado no argumento de que a violência é constitutiva das relações de gênero no Brasil (Saffioti 1994), o presente artigo retoma as estatísticas sobre agressões contra mulheres (demonstrando a persistente presença desse fenômeno) e a crescente importância da temática em telenovelas brasileiras dos últimos 18 anos para questionar quais imagens e imaginários acerca dessas violações circulam no cotidiano do país. Ao se construir a partir do diálogo entre conjuntura e representações do melodrama televisiv… Show more

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“…De outro prisma, existe um padrão recorrente em novelas nacionais de retratarem mulheres sendo agredidas constantemente por homens de sua convivência, sem que essas ocorrências sejam interpretadas como violações: as tramas que envolvem vilãs (Caminhas, 2018(Caminhas, , 2019 Vida (2006), Alex (Marcos Caruso) enforca, ameaça e estapeia sua esposa Marta (Lilia Cabral); Carminha (Adriana Esteves) apanha de seu marido Tufão (Murilo Benício) e toma uma surra de seu amante Max (Marcello Novaes) em Avenida Brasil (2012); em Salve Jorge (2012), o oficial do exército Théo (Rodrigo Lombardi) esgana e ameaça Lívia Marine (Cláudia Raia); José Alfredo (Alexandre Nero) sufoca Cora (Drica Moraes) em Império (2014); em Babilônia (2015) é Otávio (Herson Capri) que mantém Beatriz (Glória Pires) em cárcere privado mediante coação e chantagem; em A Lei do Amor (2016), Magnólia (Vera Holtz) é estapeada por seu marido Fausto (Tarcísio Meira) e leva um soco na face de seu amante Tião ( José Mayer).…”
Section: Violência De Gênero: Do Contexto Nacional àS Telenovelasunclassified
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“…De outro prisma, existe um padrão recorrente em novelas nacionais de retratarem mulheres sendo agredidas constantemente por homens de sua convivência, sem que essas ocorrências sejam interpretadas como violações: as tramas que envolvem vilãs (Caminhas, 2018(Caminhas, , 2019 Vida (2006), Alex (Marcos Caruso) enforca, ameaça e estapeia sua esposa Marta (Lilia Cabral); Carminha (Adriana Esteves) apanha de seu marido Tufão (Murilo Benício) e toma uma surra de seu amante Max (Marcello Novaes) em Avenida Brasil (2012); em Salve Jorge (2012), o oficial do exército Théo (Rodrigo Lombardi) esgana e ameaça Lívia Marine (Cláudia Raia); José Alfredo (Alexandre Nero) sufoca Cora (Drica Moraes) em Império (2014); em Babilônia (2015) é Otávio (Herson Capri) que mantém Beatriz (Glória Pires) em cárcere privado mediante coação e chantagem; em A Lei do Amor (2016), Magnólia (Vera Holtz) é estapeada por seu marido Fausto (Tarcísio Meira) e leva um soco na face de seu amante Tião ( José Mayer).…”
Section: Violência De Gênero: Do Contexto Nacional àS Telenovelasunclassified
“…Entre 1980 e 1990, duas minisséries da Rede Globo se destacam: Quem Ama não Mata (1982) e Delegacia de Mulheres (1990). Na virada para os anos 2000, vemos serem produzidas treze telenovelas de horário nobre, que inseriram em suas tramas de merchandising social a questão da violência doméstica, demonstrando os mecanismos de resolução dos conflitos no lar (Caminhas, 2018). Esse intrincado campo sociocultural, institucional e televisivo reflete a penetração crescente das injúrias físicas e psicológicas às mulheres no Brasil, país no qual ocorrem, por dia, treze feminicídios, 135 estupros e 606 casos de lesão corporal dolosa registrados (Agência Patrícia Galvão, 2018-2020.…”
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