Publicar é uma ação política

Abstract

É preciso analisar a produção de publicações feministas como uma ação política direta, e não apenas como mais um instrumento de divulgação do trabalho desenvolvido pelas organizações. Essas publicações contribuem para o aprimoramento e a renovação dos discursos políticos sobre a condição da mulher. As organizações feministas precisam compreender que, em termos operacionais e práticos, o que é referência para as editoras comerciais também pode fazer parte das referências para o trabalho editorial do movimento feminista. Hoje há um maior acúmulo de experiências e um menor volume de recursos. Essa situação exige novas estratégias.

Revistas, blogs y portales latinoamericanos (1960-2020) Rupturas y transformaciones en el tránsito de lo impreso a lo digital

“…En lo que se refiere a las prácticas de comunicación, Jacira Melo (2003) destaca la intensa producción al interior del movimiento feminista a partir de la década de 1990.…”

“…Entre las dificultades vividas por las organizaciones están, en ciertos casos, la ausencia de profesionales de la comunicación y las dificultades financieras para producir y distribuir los periódicos. En el texto "Publicar es una acción política", Jacira Melo (2003) observa que, para que las publicaciones feministas constituyan una acción política directa en aquel contexto y no solamente un instrumento de divulgación de las organizaciones, es necesario invertir más en la preparación de los textos para que se adapten a las necesidades e intereses del público, en la profesionalización del proceso editorial, en la planeación de la distribución de los materiales, en la evaluación de la recepción de los productos, entre otros elementos.…”

Ativismo feminista e academia: estudo acerca de periódicos de Brasil, Moçambique e Portugal

“…No quadro de nossa investigação, procuramos caracterizar o modo como o ativismo acadêmico feminista se manifesta por meio de suas publicações, nomeadamente em periódicos, na medida em que a dimensão da divulgação é carregada de posicionamento político como destacam Ferreira (2001), Joaquim (2004, Lopes e Piscitelli (2004), Maluf (2004), Melo (2003), Minella (2003) e Silva (2013), além da agilidade em atender pautas, com uma regularidade maior e despertando interesses de uma audiência cada vez mais intensa. Destacamos o potencial de ativismo dessas publicações a partir de seus editoriais ou artigos de apresentação (First, 1980;Lavinas, 1992, Piscitelli, 1993ex aequo, 1999;Osório, 1999).…”

Imprensa Feminista No Contexto Das Lutas Das Mulheres: Ativismo Midiático, Cidadania E Novas Formas De Resistência

“…É importante considerar ainda que o enfraquecimento de algumas produções de mídia impressa, atualmente, a exemplo das experiências mencionadas, representa não necessariamente a falta de estratégias de mídia, mas um processo de migração para No texto "Publicar é uma ação política", Jacira Melo (2003) observa que, para que as publicações feministas constituam uma ação política direta, e não apenas um instrumento de divulgação das organizações, é preciso investir mais na preparação dos textos, para que se adaptem às necessidades e interesses do público, na profissionalização do processo editorial, no planejamento da distribuição dos materiais, na avaliação da recepção dos produtos, entre outros aspectos.…”