Variabilidade genética de etnovariedades de mandioca em regiões geográficas do Brasil

Abstract

O manejo empregado nas roças de agricultura autóctone, utilizando etnovariedades de mandioca (Manihot esculenta Crantz), apresenta papel de destaque na conservação in situ dos recursos genéticos. O presente trabalho teve por objetivo analisar a distribuição da variabilidade genética de 141 etnovariedades de mandioca coletadas em roças de diferentes regiões geográficas do Brasil, através de marcadores isoenzimáticos, revelados a partir de eletroforese em gel de amido. Foram avaliados 11 sistemas isoenzimáticos. Dos 15 locos polimórficos analisados a heterozigosidade média observada foi de 0,354. A estimativa coeficiente de diferenciação genética G ST apresentou valor médio de 8,80% da variabilidade genética entre as regiões. Na análise de agrupamento, observou-se a formação de 3 grupos distintos; o primeiro formado pelas roças originadas da Região Amazônica; o segundo constituído pelas roças do Estado de São Paulo; e o terceiro composto pelas roças originadas da Reserva Indígena do Xingu. A maior parte da variabilidade genética das etnovariedades de mandioca revelou-se concentrada dentro das regiões geográficas, confirmando as pressuposições existentes no modelo de dinâmica evolutiva para a espécie.

Genetic diversity in Brazilian sweet potato (Ipomoea batatas (L.) Lam., Solanales, Convolvulaceae) landraces assessed with microsatellite markers

“…A similar result (64.4% variation within households) was obtained by Veasey et al (2007) when studying morphological traits of the same accessions. This same pattern of a greater portion of variation being due to differences between accessions within households has also been reported for cassava (Sambatti et al, 2000), as well as within groups or regions (Faraldo et al, 2000;Cabral et al, 2002). Other studies with sweet potatoes using AMOVA have also shown higher diversity within rather than between regions, which could, on a much smaller scale, be compared to the higher diversity found within rather than between households and communities.…”

Genetic divergence among accessions of cassava (Manihot esculenta Crantz) sampled in the Tapajós region, State of Pará, using agronomic characters and microsatellite markers

“…Thus, low genetic similarity was verified, which indicates differences of genetic origin among the evaluated accessions, even though they were sampled in the same micro-region of the state of Pará. This genetic diversity in the region is probably a result of the reproduction system of the species, which consists of spontaneous germination of seeds, self-pollination, and mixed reproduction (ELIAS et al, 2001;CEBALLOS et al, 2004), besides gene flow generated by exchanges of materials among farmers, specially made by asexual Silva, R. S. et al reproduction (FARALDO et al, 2000) and recurrent culture of accessions with artificial selection.…”

Caracterização molecular de acessos de mandioca de mesa adaptados ao Cerrado do Brasil Central

“…Imaginando-se um cenário em que a cultura da mandioca é cultivada a mais de 500 anos no Brasil, que atualmente é cultivada de norte a sul do país e que os pequenos produtores têm por hábito o cultivo de mais de uma variedade simultaneamente, é possível imaginar o grande número de novas combinações geradas anualmente e que são selecionadas e incorporadas aos sistemas de produção conscientemente ou inconscientemente pelos produtores. Paralelo a esse fato, temos um grande fluxo gênico por meio de uma constante troca de materiais genéticos entre produtores (Colombo et al, 2000;Faraldo et al, 2000). Em relação à recomendação de cruzamentos para fins de melhoramento, com exceção dos acessos do grupo Taquara Amarela que não devem ser cruzados entre si, por poderem apresentar depressão endogâmica na progênie, os melhoristas podem optar por qualquer cruzamento envolvendo os genótipos avaliados.…”