2011
DOI: 10.1590/s0103-863x2011000300012
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A constituição do símbolo e o processo analítico para Winnicott

Abstract: Neste artigo pretende-se mostrar que, para Winnicott, o fundamento do processo de simbolização está na atividade que caracteriza a expansão da área dos fenômenos transicionais. Enquanto para Klein, a relação com objetos que são símbolos de outros objetos ocorre como defesa contra a angústia derivada das relações objetais, para Winnicott, esta relação deriva da atividade do brincar e da criatividade a ela associada. Essa diferença caracteriza a maneira como cada um desses autores concebe a entrada do homem na v… Show more

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“…Ninguém" (Sessão 4). Tais afirmações sugerem que, embora o contexto institucional de abrigo possua plenas possibilidades de exercer a função de ambiente suficientemente bom e, assim, facilitar o desenvolvimento infantil, o mesmo pode vir a representar variados significados para cada criança, a depender de como estas simbolizam suas experiências no mesmo (Fulgencio, 2011). Vinícius (7 anos), ao falar que ninguém o espera, e Mariana (6 anos), ao não se sentir incluída no abrigo, corroboram a análise de Magalhães, Costa e Cavalcante (2011) sobre a ausência de atenção individualizada e de privacidade, em alguns momentos, na instituição.…”
Section: Resultados E Discussão Relações Das Crianças Com a Maquete unclassified
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“…Ninguém" (Sessão 4). Tais afirmações sugerem que, embora o contexto institucional de abrigo possua plenas possibilidades de exercer a função de ambiente suficientemente bom e, assim, facilitar o desenvolvimento infantil, o mesmo pode vir a representar variados significados para cada criança, a depender de como estas simbolizam suas experiências no mesmo (Fulgencio, 2011). Vinícius (7 anos), ao falar que ninguém o espera, e Mariana (6 anos), ao não se sentir incluída no abrigo, corroboram a análise de Magalhães, Costa e Cavalcante (2011) sobre a ausência de atenção individualizada e de privacidade, em alguns momentos, na instituição.…”
Section: Resultados E Discussão Relações Das Crianças Com a Maquete unclassified
“…Tais aspectos nos permitem refletir acerca da presença dos estereótipos de gênero, construídos socialmente no cotidiano das crianças por meio dessas representações nas brincadeiras. Nesse sentido, as brincadeiras permitem que as crianças assimilem tais construções sociais, paralelo à reflexão, ordenação e desordenação de tais conteúdos (Fulgencio, 2011). Dessa forma, elas constroem um mundo próprio que lhes seja significativo e que corresponda às suas necessidades intrínsecas (Aberastury, 1982;Winnicott, 1953Winnicott, /1975 (Dias, 1992), a criança consegue trabalhar com situações de sua vida cotidiana a fim de compreendê-las melhor, assim como foi feito por Vinícius (7 anos) ao expressar seu desejo de proteger o bebê e de elaborar uma situação de cuidado, capaz de fazer de conta que o imunizará às adversidades da vida, situação essa que condiz com o motivo de seu acolhimento no abrigo: o abandono materno, pela mãe ser usuária de drogas.…”
Section: Percepções Das Crianças No Brincarunclassified
“…O movimento de entrada do indivíduo na cultura permite sua aproximação com os processos de simbolização de uma dada sociedade/comunidade, em um lugar compartilhável que o leva a entrar em contato com o simesmo e com os outros. Então, na vida cultural há um intercâmbio, em que cada pessoa alcança algo para si e ao mesmo tempo contribui na dimensão social mais ampla, sem distanciar de sua espontaneidade e de sua individualidade (Fulgencio, 2011a (Winnicott, 1986b(Winnicott, /1989. Então, a saúde se revela no indivíduo que encontra o sentido de ser, de que vive a sua própria vida, sentindo-se real.…”
Section: Socialização Experiência Cultural E a Noção De Criatividadeunclassified
“…Desse modo, se a mãe se ausenta por muito tempo sua imagem se desfaz e o objeto transicional perde sentido (Winnicott, 1959 (Fulgêncio, 2011). Dessa forma, pode-se pensar o espaço potencial como a raiz e o âmbito onde se desenvolve a capacidade simbólica, que depende da delimitação das fronteiras intersubjetivas.…”
Section: Os Precursores Da Capacidade Simbólicaunclassified
“…De início, o objeto transicional é ao mesmo tempo criado e encontrado pelo bebê, desse modo o objeto transicional é e não é símbolo de algum outro objeto (Fulgêncio, 2011 (Fulgêncio, 2011, p. 397) Embora a delimitação das fronteiras intersubjetivas seja necessária para o surgimento do símbolo, é preciso lembrar que, segundo Winnicott (1971), esta é uma tarefa para vida inteira. O espaço potencial impede que seja feita uma separação total, pois nele se unem os elementos do mundo interno e externo (Winnicott, 1971b).…”
Section: Os Precursores Da Capacidade Simbólicaunclassified