Assentamentos rurais são espaços de redistribuição de terra promotores da agricultura em regime familiar, potencializando o acesso a alimentos. No entanto, estudos recentes apontam para níveis mais elevados de insegurança alimentar no campo. Diante disso, nosso objetivo foi diagnosticar a situação de segurança alimentar e nutricional de assentados de reforma agrária de Sergipe, Brasil. Utilizamos a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar e levantamos dados socioeconômicos, ambientais, produtivos e antropométricos de 110 pessoas que eram referência no seu domicílio, na metade final da estação seca. Observamos prevalência de 36,4% de excesso de peso e insegurança alimentar em 67,3% dos domicílios. Quanto à produção de alimentos, observamos 84,8% de lavouras usando insumos químicos e 77,3% de quintais com produção orgânica. Concluímos que assentados de reforma agrária na metade final da estação seca apresentam insegurança alimentar e nutricional pela coexistência de desvios nutricionais, falta de regularidade no acesso a alimentos saudáveis e seguros, além de condições socioambientais precárias.