Origem ectópica da artéria subclávia direita e do tronco bicarotídeo no cão

Abstract

O suprimento sangüíneo para a cabeça, pescoço, tórax e membros torácicos dos cães provém da artéria aorta através de dois grandes vasos que surgem do arco aórtico, o tronco braquiocefálico e a artéria subclávia esquerda. O presente trabalho descreve a variação de origem da artéria subclávia direita e do tronco bicarotídeo, que foram observados em 8 cães durante 20 anos de dissecções em aulas de anatomia. Nos oito casos examinados, três artérias surgiram do arco aórtico. O primeiro ramo a emergir foi o tronco bicarotídeo, logo após nasceu a artéria subclávia esquerda e imediatamente a seguir, a artéria subclávia direita. O tronco bicarotídeo surgiu do arco aórtico, lateroventralmente à esquerda da traquéia, dirigindo-se cranialmente e bifurcando-se em nível da primeira costela em artérias carótidas comuns direita e esquerda. Na seqüência, emerge a artéria subclávia esquerda e imediatamente após, surgindo diretamente do arco aórtico, encontra-se a artéria subclávia direita, que se dirige para a margem cranial da primeira costela, estendendo-se dorsocranialmente para cruzar a linha mediana ao nível da primeira costela, dorsalmente ao esôfago e à traquéia. As artérias subclávia direita e esquerda apresentaram todos os seus ramos sem alterações. Embora o esôfago tenha se apresentado externamente marcado por um sulco, em razão do percurso alterado da artéria subclávia direita, a relativa ausência de dilatação cranial a este e o bom estado nutricional dos animais, nos levaram a supor que o progresso dos alimentos no esôfago não foi afetado significativamente.

Cardiovascular complications during anaesthesia for surgical correction of an aberrant right subclavian artery in a dog

“…In dogs, the incidence is thought to be rare since there are only two clinical cases of dogs with ARSA described in the literature 3 4. However, there are reports of at least 21 anatomical findings of an ARSA observed during postmortem dissections of dogs,5–12 suggesting that the anomaly may be undetected due to the absence of clinical signs. Despite consisting of a vascular anatomical variation, dysphagia and regurgitation are described as clinical signs since the ARSA usually courses dorsal to the aorta and entraps the oesophagus 1.…”

Epiisopiloturina Reduz O Número De Mastócitos Na Mucosite Intestinal Induzida Por 5-Fluorouracil Em Camundongos

“…Em relação ao comprimento deste tronco comum entre as artérias subclávia e carótida comum direitas não foram encontradas referências.Outra variação observada na literatura, em relação a ramificação do tronco braquiocefálico, foi a formação de um tronco bicarotídeo emitido separadamente de uma artéria subclávia direita(GETTY, 1986;GONZALEZ et al, 2014;MORE, WASTSON & STEIN, 2015). Já outros autores afirmam que, em carnívorosbicarotídeo, com seu inicio direto do arco aórtico, medindo de 21 a 40 mm de comprimento(CULAU, OLIVEIRA & RECKZIEGEL, 2004;FILADELPHO, 2006). Em nossa pesquisa com 37 cães, apenas um apresentou o tronco bicarotídeo, medindo 18 mm de comprimento, mas sendo ramo do tronco braquiocefálico.…”

Descrição anatômica dos ramos colaterais do arco aórtico do tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)

“…(1981) em relação aos cães. No entanto,Culau et al (2004) observaram serem possíveis variações dessa conformação, não só em cães, no qual o arco aórtico emitiu o tronco bicarotídeo e as artérias subclávias, direita e esquerda, não apresentando artéria braquiocefálica, diferentemente do que foi relatado porCortellini et al (2002) em búfalos, que não só não apresentaram o tronco bicarotídeo como também em alguns animais estudados o tronco braquiocefálico originou a artéria subclávia esquerda em comum ao tronco costocervical esquerdo.…”