Neste estudo, utilizaram-se 30 nutrias, 15 fêmeas e 15 machos, com o sistema arterial aórtico-abdominal preenchido com látex 603, pigmentado em vermelho, e fixado em uma solução aquosa de formaldeído a 20%. A aorta abdominal emitiu de sua superfície dorsal de 6 a 8 artérias lombares únicas. Das artérias renais, direita e esquerda, originaram-se as artérias frênico-abdominal para irrigar parte do diafragma e da parede abdominal lateral cranial. A aorta abdominal lançou dorsalmente, a artéria sacral mediana, cranialmente a sua bifurcação em artérias ilíacas comuns. As artérias ilíacas comuns, ramos terminais da aorta abdominal, originaram as artérias ilíacas interna e externa. A artéria ilíaca interna distribuiu-se nas vísceras da cavidade pélvica. A artéria ilíaca externa emitiu uma artéria umbilical e, antes de alcançar o anel femoral, lançou a artéria circunflexa ilíaca profunda para a parede abdominal lateral, em seus dois terços caudais. A artéria ilíaca externa lançou o tronco pudendo-epigástrico, que originou a artéria epigástrica caudal, para a parede abdominal ventral e a artéria pudenda externa, que saiu pelo canal inguinal, para irrigar a genitália externa. Os ramos parietais diretos da aorta abdominal foram as artérias lombares e a artéria sacral mediana, enquanto as artérias frênico-abdominal, circunflexa ilíaca profunda e epigástrica caudal, foram ramos colaterais parietais indiretos. Os ramos terminais da artéria aorta abdominal foram as artérias ilíacas comuns com seus ramos, as artérias ilíacas interna e externa.
Ramos colaterais viscerais da artéria aorta abdominal em Myocastor coypus (nutria) The collateral visceral branches of the abdominal aorta in Myocastor coypus (nutria) Paulete de Oliveira Vargas Culau 1 , Rodrigo Cavalcanti de Azambuja 2 & Rui Campos 1 RESUMO A nutria é um roedor originário do extremo sul da América do Sul explorado comercialmente por sua pele e carne. Neste trabalho, sistematizou-se os ramos colaterais viscerais da aorta abdominal. Utilizaram-se 30 nutrias, 15 fêmeas e 15 machos, com o sistema arterial aórtico-abdominal preenchido com látex 603. A aorta abdominal emitiu ventralmente como ramo colateral visceral à artéria celíaca, que se trifurcou nas artérias gástrica esquerda, hepática e lienal. Os ramos da artéria celíaca promoveram a irrigação do estômago, duodeno, fígado, pâncreas e baço. A seguir, a aorta abdominal emitiu a artéria mesentérica cranial, de calibre maior que a artéria celíaca, justaposta caudalmente. A artéria mesentérica cranial emitiu ramos, vascularizando a parte final do duodeno, lobo direito do pâncreas, jejuno, íleo, ceco, cólon maior e cólon menor. A aorta abdominal emitiu lateralmente as artérias renais direita e esquerda. As artérias adrenais foram ramos colaterais diretos das artérias renais e/ou da artéria frênico-abdominal. A artéria mesentérica caudal foi emitida da superfície ventral da aorta abdominal, próximo à sua bifurcação em artérias ilíacas comuns. A artéria mesentérica caudal lançou ramos para o cólon menor e porção cranial do reto. Os ramos colaterais viscerais diretos da aorta abdominal foram: artéria celíaca, artéria mesentérica cranial, artérias renais e artéria mesentérica caudal. Os ramos viscerais indiretos foram: artérias adrenais e artéria umbilical. A artéria ilíaca externa emitiu a artéria umbilical que irrigou a bexiga, e continuou-se como uma grande artéria uterina, nas fêmeas, irrigando todo o útero, inclusive os ovários e, nos machos, a artéria testicular, que irrigou o testículo.
RESUMO O objetivo deste trabalho foi o de avaliar o efeito do
RESUMO Zootec., v.31, n.2, p.954-961, 2002 (suplemento)
RESUMOA capivara é um mamífero roedor, de origem sul-americana, herbívoro, semi-aquático, da família Hydrochoeridae. No presente trabalho foram utilizados sete espécimes de capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), todas fêmeas. Após o preenchimento do sistema arterial com látex 603 corado em vermelho, procedeu-se à dissecção das peças com o objetivo de observar a disposição dos ramos colaterais do arco aórtico determinando o padrão e as variações ocorridas nessa espécie. Em todos os espécimes originou-se do arco aórtico apenas um tronco braquiocefálico, o qual distribuiu-se da seguinte forma: em quatro peças (57,1%) originaram-se do tronco braquiocefálico primeiramente a artéria subclávia esquerda, após a artéria carótida comum esquerda e em seguida o tronco braquiocarotídeo, o qual emitiu as artérias carótida comum direita e subclávia direita. Em duas preparações (28,6%) o tronco braquiocefálico originou a artéria subclávia esquerda e após trifurcou-se originando as artérias subclávia direita, carótida comum direita e carótida comum esquerda. Em uma observação (14,3%) originaram-se do tronco braquiocefálico primeiramente a artéria subclávia esquerda, logo após a artéria subclávia direita e em seguida um tronco bicarotídeo, que emitiu as artérias carótidas comuns direita e esquerda. O arco aórtico da capivara emitiu, como único ramo colateral, o tronco braquiocefálico. ABSTRACTCapybara is a rodent mammal, from South America, herbivorous, semiaquatic, of Hydrochoeridae family. In this research 7 specimens of capybara (Hydrochoerus hydrochaeris), were used, all of them were females. After performing the injections with neoprene-látex stained with specif pigment, the animals were dissected. Only the brachiocephalic trunk originating from de aortic arch in all cases. The brachiocephalic trunk was first originate the left subclavian artery after the left common carotid artery and afterwards emerged the brachiocarotid trunk originating the right common carotid artery and the right subclavian artery in 4 cases (57,1%). In 2 cases (28,6%) the brachiocephalic trunk originating the left subclavian artery and after divided into three branches, the right subclavian artery, the left and right common carotid arteries. In one case (14,3%) were first originated from the brachiocephalic trunk the left and the right subclavian artery and after the bicarotid trunk that originated the left and right carotid arteries. The aortic arch in capybara emited, as the only one collateral branch, the brachiocephalic trunk.
No presente trabalho, foram utilizados 28 espécimes de Didelphis albiventris, 10 fêmeas e 18 machos. Após o preenchimento do sistema arterial com neoprene-látex corado, procedeu-se à dissecção para observação da disposição dos colaterais do arco aórtico. Em 11 casos (39,29%), originou-se do tronco braquiocefálico primeiramente a artéria subclávia direita e posteriormente o tronco bicarotídeo o qual fornece as artérias carótidas comuns direita e esquerda. Em sete preparações (25%), o tronco braquiocefálico trifurcou-se, originando as artérias subclávia direita, carótida comum direita e carótida comum esquerda. Em cinco observações (17,86%), originou-se do tronco braquiocefálico primeiramente a artéria carótida comum esquerda e, logo após, a artéria subclávia direita e a artéria carótida comum direita. Em quatro achados (14,28%), não houve a formação de um tronco braquiocefálico, primeiramente originou-se a artéria subclávia direita e, a seguir, um tronco bicarotídeo. Em um caso (3,57%), originou-se do tronco braquiocefálico a artéria subclávia direita e a artéria carótida comum direita, sendo a origem da artéria carótida comum esquerda diretamente da aorta. Em todos os casos observados, a artéria subclávia esquerda originou-se diretamente da artéria aorta.
Background: This member of the Didelphidea family, commonly known as opossum, is widely distributed in the American territory, with species found from southern Canada up to northern Argentina. Similarly to all marsupials, they are characterized by a short gestational period, followed by a long development period. Opossums are arboreal, terrestrial slow animals of lonely and nocturnal habits. They are omnivore animals, eating from small rodents, birds, eggs and amphibians to fruits and vegetables. These general characteristics have drawn in the interest and curiosity of the scientific community to this animal, which is now the object of study in several knowledge areas. In order to find morphological information that could assist in discussions from a functional point of view and that could offer support for measures that aim at protecting opossums in their natural environment, the objective of the present study is to divulge the anatomical behavior of their celiac artery and its branches, including its distribution areas, considering the importance of these vessels in the blood supply of several digestive organs. Materials, Methods & Results:In this study, the celiac artery of 24 opossums (Didelphis albiventris), of which 17 were females and 7 were males, was systematized. For the purpose, their arterial system was filled with colored latex 603. The abdominal aorta gave off its first visceral collateral branch, the celiac-mesenteric trunk, which originated the celiac artery and the cranial mesenteric artery in 87.5% of the samples, but in 12.5% of the samples, the abdominal aorta gave off these arteries individually. The celiac artery gave off the lienal and hepatic arteries. The lienal artery gave off the left gastric artery to the lesser curvature of the stomach, supplying its parietal and visceral side, also giving off esophageal branches. The lienal artery reached the splenic hilum, giving off several pancreatic branches during its path. Once it reached the splenic hilum, it gave off its own lienal branches and then continued as left gastroepiploic artery towards the greater stomach curvature. The hepatic artery was projected cranially, giving off the gastroduodenal artery and cranial pancreaticoduodenal artery reaching the portal fissure, where hepatic branches arose towards the liver. The gastroduodenal artery gave off the right gastroepiploic artery towards the greater curvature of the stomach, also giving off the right gastric artery towards the lesser curvature of the stomach and then became divided into one branch to the visceral side and one branch to the parietal side, also giving off esophageal and pyloric branches. The cranial pancreaticoduodenal artery branched to the cranial duodenum and right lobe of the pancreas. Discussion: In the majority of opossums (87.5%), the celiac artery had origin in a common trunk with the cranial mesenteric artery, but in 12.5% of the animals, this origin took place separately. In opossums (Didelphis albiventris), regardless of its origin, the celiac artery was a sing...
O suprimento sangüíneo para a cabeça, pescoço, tórax e membros torácicos dos cães provém da artéria aorta através de dois grandes vasos que surgem do arco aórtico, o tronco braquiocefálico e a artéria subclávia esquerda. O presente trabalho descreve a variação de origem da artéria subclávia direita e do tronco bicarotídeo, que foram observados em 8 cães durante 20 anos de dissecções em aulas de anatomia. Nos oito casos examinados, três artérias surgiram do arco aórtico. O primeiro ramo a emergir foi o tronco bicarotídeo, logo após nasceu a artéria subclávia esquerda e imediatamente a seguir, a artéria subclávia direita. O tronco bicarotídeo surgiu do arco aórtico, lateroventralmente à esquerda da traquéia, dirigindo-se cranialmente e bifurcando-se em nível da primeira costela em artérias carótidas comuns direita e esquerda. Na seqüência, emerge a artéria subclávia esquerda e imediatamente após, surgindo diretamente do arco aórtico, encontra-se a artéria subclávia direita, que se dirige para a margem cranial da primeira costela, estendendo-se dorsocranialmente para cruzar a linha mediana ao nível da primeira costela, dorsalmente ao esôfago e à traquéia. As artérias subclávia direita e esquerda apresentaram todos os seus ramos sem alterações. Embora o esôfago tenha se apresentado externamente marcado por um sulco, em razão do percurso alterado da artéria subclávia direita, a relativa ausência de dilatação cranial a este e o bom estado nutricional dos animais, nos levaram a supor que o progresso dos alimentos no esôfago não foi afetado significativamente.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.