O cachorro-do-mato-de-orelhas-curtas (Atelocynus microtis) é uma das espécies mais raras de Canídeos Sul-americanos. Com o objetivo de descrever a morfologia deste animal e engrandecer o estudo da neuroanatomia comparada, estudou-se a composição anatômica do plexo braquial de um exemplar, fêmea, proveniente de Paragominas-PA doado após morte por atropelamento ao Laboratório de Pesquisa Morfológica Animal (LaPMA), da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). O animal foi fixado em solução aquosa de formaldeído 10% e posteriormente realizou-se dissecação bilateral da origem do plexo braquial. No A. microtis o plexo braquial é derivado dos ramos ventrais dos três últimos nervos espinhais cervicais e do primeiro nervo espinhal torácico (C6-T1). Os nervos derivados do plexo braquial com suas respectivas origens foram: n. supraescapular (C6 e C7), n. subescapular (C6), n. musculocutâneo (C6 e C7), n. axilar (C6 e C7), n. radial (C7 e C8), n. mediano (C7, C8 e T1), n. ulnar (C8 e T1), n. toracodorsal (C8 e T1), nn. peitorais craniais (C7, C8 e T1) e peitorais caudais (C8 e T1). O plexo braquial do A. microtis assemelhou-se ao descrito para o cão doméstico em relação à origem do segmento inicial e final, apresentando diferenças quanto à composição de alguns nervos.
ResumoO plexo braquial é constituído por raízes ventrais dos nervos espinhais que se unem para a formação dos troncos nervosos. É geralmente formado por contribuições dos três últimos nervos cervicais e dos dois primeiros nervos torácicos. Devido à escassez de informações relativas à neuroanatomia, objetivou-se buscar a descrição da morfologia macroscópica do plexo braquial da jaguatirica (Leopardus pardalis). Foram utilizados dois exemplares de jaguatirica provenientes da área de Mina Bauxita Paragominas -PA, Brasil/Empresa Terra LTDA, doados após morte por atropelamento ao Laboratório de Pesquisa Morfológica Animal (LaPMA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), os quais foram fixados em solução aquosa de formoldeído a 10% por via intramuscular. Após fixação os animais foram dissecados, possibilitando a observação e identificação dos ramos ventrais dos nervos espinhais cervicais e torácicos que participaram da formação do plexo braquial. O plexo braquial mostrou-se formado por quatro troncos, os quais originaram os ramos ventrais dos nervos espinhais cervicais C 6 , C 7 e C 8 e do primeiro torácico T 1 . Tais troncos deram origem aos nervos supraescapular, subescapular, musculocutâneo, axilar, radial, mediano, ulnar, toracodorsal e torácico lateral. Palavras-chave: Jaguatirica; Nervos; Plexo braquial AbstractMorphological description of the brachial plexus in ocelot (Leopardus pardalis). The brachial plexus is formed by the ventral roots of the spinal nerves, which unite to form the nerve trunks. It is usually formed by contributions of the last three cervical nerves and the first two thoracic nerves. Due to the scarcity of information on neuroanatomy, this study aimed to determine the macroscopic morphology of the brachial plexus of the ocelot (Leopardus pardalis). In this work, we used two ocelot specimens from the area of the Paragominas Bauxite Mine, PA, Brazil/Empresa Terra LTDA, with permission from SEMA -BP Nos. 455/2009 and 522/2009. The animals were donated to the Research
Recebido para publicação 12.09. Palavras-chave: anatomia, artérias da base do encéfalo,Tamandua tetradactyla. ABSTRACT The arterial circuit of the brain is of great importance because it is responsible for vascularization of the brain and this is the main organ of the central nervous system and responsible for receiving and processing information. The species was chosen because it is a mammal belonging to the
A jaguatirica (Leopardus pardalis) é uma das espécies de felino silvestre que pouco foi investigada quanto a sua morfologia. Assim, o estudo objetivou detalhar a origem e distribuição dos ramos colaterais da aorta abdominal deste animal. Avaliou-se dois exemplares, sendo um macho e uma fêmea, jovens, provenientes de Paragominas-PA, doados ao Laboratório de Pesquisa Morfológica Animal (LaPMA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). O sistema arterial foi preenchido com látex pigmentado de vermelho e os cadáveres foram preservados com solução de formaldeído tamponado a 10%. A aorta abdominal do L. pardalis teve origem entre T12 e L1, sendo a artéria celíaca o primeiro ramo visceral no sentido crânio-caudal, resultando nas artérias hepática, gástrica esquerda e esplênica. A artéria mesentérica cranial surgiu como segundo ramo da aorta abdominal, originando as artérias jejunais. Na sequência localizamos artéria pancreáticoduodenal caudal, artérias ileais, artérias ileocólicas, artérias renais direita e esquerda, artérias adrenais direita e esquerda e artérias ováricas ou testiculares direita e esquerda. Parietalmente, a aorta abdominal originou em média seis ramos lombares, bem como a artéria frenicoabdominal, as artérias circunflexas ilíacas profundas e artérias ilíacas externa e interna. A aorta abdominal gerou ainda a artéria mesentérica caudal, a qual dividiu-se em artérias cólica esquerda e retal cranial. A artéria cólica esquerda seguiu cranialmente paralela ao cólon descendente irrigando-o, originando em média 18 ramos, e anastomosando-se com a artéria cólica média. A artéria retal cranial seguiu em direção caudal distribuindo oito ramos à porção final do cólon descendente e ao reto, e uniu-se com a artéria retal média. Por fim, a aorta abdominal emitiu como ramo terminal a artéria sacral mediana. A vascularização arterial abdominal desta espécie é bastante semelhante ao descrito em felinos domésticos e demais mamíferos, com diferenças quanto ao número de artérias jejunais e origem das artérias renais.
ResumoConhecido popularmente como jaguatirica, o Leopardus pardalis está presente no Brasil, em todos os ecossistemas, mas preferencialmente nas matas ciliares e florestas. Este trabalho objetivou elucidar aspectos macroscópicos referentes à anatomia do plexo lombossacral. Foram utilizados três animais, sendo dois machos e uma fêmea, provenientes da área de Mina Bauxita -Paragominas-PA, doados após morte por atropelamento ao Laboratório de Pesquisa Morfológica Animal (LaPMA), da Universidade Federal Rural da Amazônia. Os animais foram fixados em solução aquosa de formaldeído a 10%, seguido de dissecação dos membros pélvicos com o objetivo de expor os nervos, removendo-se parcialmente alguns músculos, dissecando-se a origem do plexo desde a intumescência lombar. Em dois animais, o nervo femoral apresentou origem no quarto nervo lombar (L4), seguindo e se transformando em nervo safeno. O nervo obturatório e o nervo isquiático tiveram origem no último nervo lombar (L5), porém, este último se dividiu em ramos originando os nervos tibial e fibular comum, originando dorsalmente os nervos glúteo caudal e glúteo cranial. Palavras-chave: Anatomia; Leopardus pardalis; Plexo lombossacral; Sistema nervoso AbstractMorphology of the lumbosacral plexus of the ocelot (Leopardus pardalis). Popularly known as the ocelot, Leopardus pardalis occurs throughout Brazil in all ecosystems, but prefers riparian regions and forests. The objective of this study was to learn more about the macroscopic, anatomical aspects of the plexus lumbossacral of this species. Three specimens were studied, two males and one female, from the region near the Bauxite Mine in Paragominas, PA. The specimens were donated to the Laboratório de Pesquisa Morfológica Animal (LaPMA) at UFRA after being run over (authorization numbers 485/2009 and 522/2009). The animals were fixed in an aqueous solution of 10% formaldehyde and then the hind limb was dissected by removing some muscles to expose the nerves. In two animals, the femoral nerve originated in the fourth lumbar nerve (L4)
Tamandua tetradactyla, Xenarthra, é uma espécie nativa da América do Sul que, devido aos poucos estudos acerca de sua biologia, ainda apresenta vários aspectos desconhecidos em sua morfologia. Tendo em vista a importância de dados morfológicos para diversos estudos, objetivou-se elucidar a ramificação da aorta abdominal dessa espécie para subsidiar a realização de futuros estudos. Para tal, foram utilizados quatro espécimes, sendo dois machos e duas fêmeas, todos jovens, provenientes da área de Mina Bauxita-Paragominas-PA, doados após morte por atropelamento ao Laboratório de Pesquisa Morfológica Animal (LaPMA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). O sistema arterial foi preenchido com látex contrastado e os animais fixados com solução de formol (10%), sendo posteriormente dissecado, para evidenciar a aorta abdominal e seus ramos colaterais. Os ramos parietais eram constituídos por um par de artérias frênicas caudais, dois pares de artérias intercostais e três pares de artérias lombares. Dentre os ramos viscerais, destacaram-se: artéria celíaca; artéria mesentérica cranial; artérias adrenais; artérias renais; artéria mesentérica caudal; e artérias ilíacas externas, internas e sacral mediana, que se formaram a partir da porção final da aorta abdominal. As artérias testiculares e ováricas tiveram origem nas artérias renais, divergindo daquilo descrito em diversas espécies.
Pesq. Vet. Bras. 33(6):813-816, junho 2013 813 RESUMO.-Encontrada principalmente na América do Sul, a irara é um carnívoro pertencente à família Mustelidae, a qual pouco se tem informações sobre sua morfologia de forma geral. Diante disso, objetivou-se conhecer melhor parte do sistema nervoso desta espécie, mais precisamente a topografia do cone medular, a fim de subsidiar intervenções anestésicas peridurais nesta, uma vez que a clínica de animais selvagens vem crescendo a cada dia. Mainly found in South America, tayra is a carnivore belonging to the Mustelidae family, of which is little information regarding its morphology in general. The study aimed to characterize the topography of the medullar cone in order to subsidize epidural anesthetic interventions, since the clinics of wild animals is growing each day. We studied three adult male tayras from the Bauxite Mine area of Paragominas, donated to
Submetido em 23/04/2010 Aceito para publicação em 02/08/2010 ResumoInúmeras espécies de animais silvestres ainda não foram descritas anatomicamente. A jaguatirica (Leopardus pardalis), um felino com ampla distribuição geográfi ca é um exemplo disso. Com o objetivo de descrever sobre a morfologia deste animal, estudou-se o sistema reprodutor masculino de dois exemplares machos, jovens, provenientes da área de Mina Bauxita Paragominas/PA -Vale/S.A., doado ao Instituto de Saúde e Produção Animal (ISPA), da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). O animal foi fi xado com formol 10% e mantido nesta mesma solução até a dissecação do sistema em estudo. Os órgãos reprodutores masculinos da jaguatirica (Leopardus pardalis) estão representados por: um par de testículos; um par de epidídimos, compostos de cabeça, corpo e cauda; pelas glândulas genitais acessórias, sendo elas próstata e as glândulas bulbo uretrais; pela uretra e o pênis.
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