Vivências de travestis no acesso ao SUS

Abstract

Resumo Reconhecendo que as travestis enfrentam discriminação por conta da sua identidade de gênero, gerando com isso processos de adoecimento e sofrimento próprios de estigmas associados, o estudo teve por objetivo analisar e compreender as vivências de travestis acerca da atenção à saúde no SUS em Teresina-PI. Para o desenho metodológico, realizou-se pesquisa qualitativa, em que participaram seis travestis que residem em Teresina, e que de forma direta ou indireta acessam os serviços de saúde. As participantes foram selecionadas pela técnica metodológica Snowball, e a coleta dos dados se deu através de grupo focal. O Método de Interpretação de Sentidos foi utilizado para análise, tratamento e interpretação dos fenômenos sociais. Como resultado e discussão, foram identificadas as categorias: fragilidades no atendimento e especialização do cuidado. O trabalho considerou a necessidade de mais integração entre os diversos segmentos sociais e os serviços de saúde, a qualificação dos profissionais para garantir o acolhimento às travestis e a urgência de se refletir sobre o caráter discriminatório dos serviços especializados implantados pelo SUS, ainda que sejam uma possibilidade de porta de entrada delas ao órgão de saúde.

Vários tons de “não”: relatos de profissionais da Atenção Básica na assistência de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT)

“…Many lesbian women, for example, are afraid to reveal their sexual orientation during gynecological care and are not assisted in the health services 2 . When gays go to the health services and verbalize their sexual orientation, they suffer stigmas and prejudice deriving from the AIDS-homosexuality association 3 .Transvestites and transsexuals experience even greater discriminations in the access to the health services, either in the use of their social name or in the guarantee of the transsexualizing process 4 .…”

Doce Trans-Tornadx: Experiência De Produção De Arte a Partir Da Pesquisa Qualitativa Em Saúde

“…Esse padrão precário de assistência, aumenta os riscos à saúde da população trans e, consequentemente, suas vulnerabilidades. Isso remete à necessidade de construir o cuidado a partir de uma mescla de tecnologias amparados em uma política de saúde clara e efetiva (Ferreira et al, 2017).…”

Health care for transgender people in Brazil: a systematic review protocol

“…From preliminary searches, it was possible to identify that disrespect to the social name and the classi cation of transgender identities as pathologies, are considered the greatest barriers to humanized, welcoming and comprehensive care for transgender people in the various services and levels of health care [18][19][20][21] . Considering the di culties of access to public health establishments, added to the socioeconomic limitations to bear the costs in the private network, transgender people seek assistance as a last resort and, on many occasions, by clandestine treatments for body treatments (use of hormones, silicone applications and genital self-harm), leading to illnesses and increasing their vulnerabilities 22,23 .…”