Indicadores sobre o cuidado a crianças e adolescentes com autismo na rede de CAPSi da região metropolitana do Rio de Janeiro

Abstract

Os Centros de Atenção Psicossocial Infanto-juvenis (CAPSi) são equipamentos estratégicos para o atendimento de crianças e adolescentes com problemas mentais, incluindo os transtornos do espectro do autismo. Esta pesquisa visou à criação de indicadores sobre o tratamento de autistas nos CAPSi, a partir do discurso de trabalhadores e familiares de 14 CAPSi da região metropolitana do Rio de Janeiro. A metodologia participativa envolveu a realização de 14 grupos focais com trabalhadores de cada CAPSi e três grupos focais com familiares de crianças e adolescentes com autismo atendidos nesses serviços. A transcrição dos registros em áudio dos grupos focais deu origem a cinco "temas ordenadores", reunindo os argumentos produzidos por todos os CAPSi e grupos de familiares. Esse material foi trabalhado numa oficina final, gerando cerca de 130 indicadores, os quais foram agrupados em cinco eixos temáticos: organização do CAPSi; projeto terapêutico individual; atendimento e mobilização dos familiares; rede, território e direitos; formação dos profissionais e processos de trabalho. Tais indicadores podem servir de guias e referências às boas práticas no cuidado com as pessoas com autismo e suas famílias, podendo ser usados para futuras iniciativas de avaliação do atendimento oferecido pelos CAPSi a essa população.

Ambientoterapia: Um Estudo Teórico

“…Igualmente, fora realizado um estudo dos indicadores sobre os cuidados a crianças e adolescentes com autismo e outras psicopatologias; como psicose na infância, na rede CAPSI da região metropolitana do Rio de Janeiro (Lima, Couto, Delgado, & Oliveira, 2014). Na pesquisa, foram produzidos indicadores de atendimentos, a partir do discurso de trabalhadores e familiares de 14 CAPSI.…”

Atenção psicossocial a crianças e adolescentes com autismo nos CAPSi da região metropolitana do Rio de Janeiro

“…This suggests that the CAPSi surveyed took responsibility for the care of autistic patients, although in absolute numbers those patients (n=782) represent only a portion of autistics residing in the region 4 , considering the current estimates of ASD prevalence, around 0.66% (Hill;Zuckerman;Fombonne, 2014). Thus, even considering the possibility of families resorting to care resources outside SUS, there still seems to be a significant gap in the care of autistic patients by the public mental health network in the surveyed region (Lima et al, 2014).…”

“…A descriptive study, based on quantitative data, on autistic patients receiving care at the CAPSi of the Rio de Janeiro metropolitan area, carried out within the scope of a broader qualitative-evaluation study involving higher-and middle-level professionals and relatives of autistic patients with the aim of gathering indicators on the care of this population (Lima et al, 2014). The universe of the survey included the 14 CAPSi of the Rio de Janeiro metropolitan area in operation in 2011, involving the municipalities of Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belfort Roxo, Itaguaí, Queimados (Metropolitan Area I), Niterói, São Gonçalo and Itaboraí (Metropolitan Area II).…”

“…Systematic partnerships with other regional sectors or resources for the joint development of care strategies and expansion of care and social inclusion conditions for autistics were rarely mentioned by the services, and it is not possible, from the data gathered in this research, to establish the determining factors of this phenomenon. This may have contributed to the existence of structural problems, which create real obstacles to the full development of the psychosocial network, such as the deterioration of the physical space of the CAPSi, the insufficient number of professionals, the fragility of employment relations -worsened by the trend towards outsourcing -and the absence of regular strategies to train workers for psychosocial action, among others (Couto;Delgado, 2015;Lima et al, 2014). Without consistent investment by different levels of public mental health management in qualification and provision of minimum working conditions, the innovative CAPSi project may be compromised in its effectiveness, failing to positively change the history of care for autistics and other patients with serious mental problems, who for decades have been neglected by the public mental health system.…”

“…Studies surveying data on the various diagnoses in the CAPSi report a prevalence of developmental disorders (Code F.80, in the 10 th edition of the WHO International Classification of Diseases -ICD 10), which include autism, of around 14.2% (Hoffman;Santos;Mota, 2008), 16.2% (Delfini et al, 2009) and 27.5% (Ronchi;Avellar, 2010). More recently, Lima et al (2014), in research carried out in the Rio de Janeiro metropolitan area to produce quality indicators of care for children and adolescents with ASD in the CAPSi, recorded an important gap related to the absence of assessment studies on community services for autistic children.…”