2002
DOI: 10.1590/s0103-73312002000200011
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Psicanálise baseada em evidências?

Abstract: A partir da discussão sobre a eficácia da psicanálise, a autora considera necessário o diálogo com as neurociências e a psicofarmacologia. Aponta como o critério de eficácia, entendido pela medicina baseada em evidências, apaga a dimensão da narratividade e, conseqüentemente, da subjetividade. Apresenta uma vinheta de um atendimento emergencial no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho como possibilidade de se manter a escuta psicanalítica no atendimento psiquiátrico.

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“…A maioria dos psicanalistas assume um pressuposto de que a subjetividade humana está acima de todas as possibilidades de análise científica [20][21]. Assim, desde a sua fundação e até os dias de hoje com a sua versão contemporânea, a psicanálise carrega uma tradição de ser resistente à testagem de suas hipóteses, sejam sobre eficácia clínica ou construtos teóricos.…”
Section: Resistência à Testagemunclassified
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“…A maioria dos psicanalistas assume um pressuposto de que a subjetividade humana está acima de todas as possibilidades de análise científica [20][21]. Assim, desde a sua fundação e até os dias de hoje com a sua versão contemporânea, a psicanálise carrega uma tradição de ser resistente à testagem de suas hipóteses, sejam sobre eficácia clínica ou construtos teóricos.…”
Section: Resistência à Testagemunclassified
“…Apesar da divisão de opiniões dentro da comunidade psicanalítica sobre o caráter científico da doutrina, é possível constatar que a maioria dos adeptos tem grande resistência à adoção de ferramentas sistematizadas para obtenção de dados, sob a justificativa de que seu objeto de estudo, o ser humano, seria demasiadamente singular para ser compreendido por uma suposta ciência "positivista", em que só experimentos empíricos seriam permitidos [22]. É explicitamente dito por psicanalistas, por exemplo, que eles acreditam "que hoje é fundamental demonstrar que a psicanálise não necessite de novos fundamentos científicos que seriam fornecidos de forma 'sistemática' e 'segura'" [23, p. 15], que a cura psicanalítica não poderia ser apreendida em termos de critérios de eficácia, como seria feito em psiquiatria [24], e que o estabelecimento de critérios de avaliação da eficácia psicoterápica seriam considerados uma ameaça à subjetividade [20]. Inclusive, há uma oposição clara àqueles que buscam estes objetivos:…”
Section: Resistência à Testagemunclassified
“…Afinal, o que implicaria o sucesso de uma psicoterapia? Bastos (2002) evidencia como a noção de avaliação de uma intervenção terapêutica está comumente ligada a uma visão biotecnicista e pragmática, que visa à normalização de um sujeito para que ele possa retornar o mais rapidamente possível a desempenhar suas funções.…”
Section: Para Psicoterapias Psicodinâmicasunclassified