A arte na formação de professores de crianças de todas as idades: o teatro é um conto vivo

Abstract

Este artigo aborda a formação teatral de professores e professoras de crianças. A partir de experiências da companhia de teatro La Baracca para a Secretaria de Educação da Prefeitura de Bolonha, o texto apresenta as oportunidades que o teatro pode oferecer, para que adultos e crianças, mesmo aquelas muito pequenas, possam se encontrar. Trata ainda de aspectos da história do La Baracca, mostrando alguns dos desafios e procedimentos para pesquisar e formar docentes de educação infantil em creches e pré-escolas italianas. A atuação e as instigantes relações entre docentes e crianças tão pequenas têm se mostrado um espaço em fecunda discussão.

Contação lúdica e interativa: um cotidiano de arte e expressividade na creche

“…É importante que os bebês tenham garantia de um quotidiano da arte (Frabbetti, 2011), isto é, que tenham acesso e experienciem diversas linguagens artísticas e expressivas comprometidas com a valorização das culturas para e da infância, no sentido de legitimar e reconhecer a capacidade de os bebês criarem ações culturais suas e, principalmente, de promover o acesso a essas linguagens, como sugerem Infantino e Zuccoli (2016, p. 189): "As crianças abrem trilhas de conhecimento que as professoras devem manter vivas, mas também ampliar com solicitações, informações e desafios que incitem a curiosidade da criança".…”

Parangolé: arte, infância e educação

“…A arte é uma linguagem própria do ser humano, capaz de constituir-se como um meio para alcançar essa infância, também percebida como um lugar distante (Frabbetti, 2011).…”

Theatrical Scrawls. The Aesthetic Creations of Young Girls and Young Boys Scribble the Scene

“…The thoughts of the sociologist Corsaro (2003) and the artist Frabetti (2011) share common points regarding their production of peer cultures, when these are built either from social relations or from the artistic movements raised during the course of a play, highlighting the protagonism of girls and boys, including the tiny ones. Staccioli (2011), based on the production process of drawings made by girls and boys, highlights that at each new movement of creation girls and boys live changes connected to their experience, to knowledge, to the variation of sensibility and, although certain resemblances with the adult art may be unarguable, we must be cautious before establishing a relationship of similarity more connected to the process than to the finished representation, the final outcome.…”