2007
DOI: 10.1590/s0103-65642007000400002
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Dor-desprazer-trabalho docente: como desfazer essa tríade

Abstract: O artigo apresenta a experiência do Programa de Formação e Investigação Sobre a Saúde e o Trabalho (PFST) de docentes de escolas públicas, desenvolvido na Universidade Federal do Espírito Santo. Trata da problemática da saúde do conjunto de docentes que trabalham nas escolas públicas do município da Serra/ES, visando a desfazer a tríade dor-desprazer-trabalho docente, vivida de forma naturalizada pelo coletivo de docentes. Pretende avançar na compreensão das relações saúde-trabalho nas escolas e investigar as … Show more

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“…Esses estudos fazem relações específicas da intensificação do trabalho docente (Assunção & Oliveira, 2009), pela conjunção de fatores que discutimos anteriormente, com a ocorrência de diversas formas de adoecimento do profissional (Barros & Louzada, 2007), como estresse e síndrome de burnout (Reis et al, 2006), problemas vocais e osteomusculares (Araújo & Carvalho, 2009), dentre outras variações que explicam o mal-estar docente (Tamez-Gonzalez & Perez-Dominguez, 2009;Pizzio & Klein, 2015).…”
Section: Eixo 6: Efeitos Do Trabalho Sobre a Saúde Dos Professoresunclassified
“…Esses estudos fazem relações específicas da intensificação do trabalho docente (Assunção & Oliveira, 2009), pela conjunção de fatores que discutimos anteriormente, com a ocorrência de diversas formas de adoecimento do profissional (Barros & Louzada, 2007), como estresse e síndrome de burnout (Reis et al, 2006), problemas vocais e osteomusculares (Araújo & Carvalho, 2009), dentre outras variações que explicam o mal-estar docente (Tamez-Gonzalez & Perez-Dominguez, 2009;Pizzio & Klein, 2015).…”
Section: Eixo 6: Efeitos Do Trabalho Sobre a Saúde Dos Professoresunclassified
“…Na docência, há uma série de evidências relatadas que alimentam o desgaste, como: baixo salário, que promove o aumento da carga horária dentro da rede de ensino, dispersando as atividades em turnos, turmas, escolas ou em outras redes de ensino (ALVES, 2010;MARIANI;ALENCAR, 2005) ou a complementação de renda, dentro do próprio ambiente de trabalho com venda direta de produtos e serviços a colegas ou exercício de outras profissões (PINTO, 2000); longas jornadas de trabalho, com poucos intervalos para descanso, caracterizando a ausência do tempo do e para o professor (TEIXEIRA, 1999); falta ou insuficiência de espaços e equipamentos que promovam descanso e valorização profissional (BATISTA;ODELIUS, 2006); condições materiais precárias para desenvolvimento da docência (CARLOTTO, 2002), realizada em ambiente agitado, com elevado nível de ruído, sujo e inseguro, salas de aula depredadas, com iluminação, ventilação e temperatura inadequadas; atividades de planejamento e avaliação que invadem o convívio familiar MEDEIROS, 2006, p. 255-260), ameaçando o mundo privado (CARVALHO, 1999), e dificultam o descanso; gestão educacional que ignora ou não reconhece as adversidades da docência (MASCARENHAS, 2006), promove uma organização laboral rígida, com falta de autonomia para o planejamento das ações (PAPARELLI et al, 2007), interfere nos processos avaliativos, para melhorar os índices do sistema de ensino e responsabiliza os professores e sua formação pela má qualidade da educação exposta a anos de sucateamento e precariedade; sociedade que prioriza a educação no discurso, mas desvaloriza a docência (CODO; VASQUES-MENEZES; VERDAN, 2006, p. 294); pais omissos no acompanhamento das atividades escolares ou resistentes aos novos modelos de ensino; individualização e descontinuidade de estratégias no enfrentamento dos problemas; naturalização do sofrimento como ônus da docência ou das características pessoais (BARROS;LOUZADA, 2007;AUGUSTO, 2007;MASCARENHAS, 2006).…”
Section: Desgaste Na Docência E Representação Socialunclassified
“…Em pesquisa-intervenção realizada pelo Programa de Formação e Investigação sobre a Saúde e o Trabalho (PFIST) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Barros e Louzada (2007) indicaram de modo perspicaz uma relação de dor e desprazer no trabalho docente. Observaram que a dor tem relação com a "precarização das relações de trabalho nas escolas, pelas formas instáveis de contratação (como a designação temporária -DT), pelo baixo investimento em formação e pelos fracos vínculos que os trabalhadores estabelecem nos e com seus espaços/processos de trabalho."…”
Section: Introductionunclassified